Esporte

Rio Open se consolida como torneio ATP 500 e chama a atenção de grandes tenistas do ranking

O Brasil voltou para o cenário do tênis mundial, mas não com algum jogador repetindo o sucesso de Gustavo Kuerten nas quadras, mas sim com o Rio Open. A competição criada em 2014 conseguiu se consolidar no calendário da ATP, e começou a chamar a atenção de vários atletas bem ranqueados. Neste ano, por exemplo, Matteo Berrettini, Casper Ruud e Diego Schwartzman são alguns dos inscritos em busca do título no Rio de Janeiro. Um reconhecimento positivo para um país que sonha em ser mais protagonista na modalidade.

Desde a aposentadoria de Guga, ainda em 2008, o tênis brasileiro deixou de ser notícias nos veículos de mídia. Alguns nomes, como Fernando Meligeni, Flávio Saretta e Thomaz Bellucci, tentaram algum destaque, mas nenhum deles repetiu o sucesso do compatriota tricampeão de Roland Garros. Apenas no feminino foi possível ver algum progresso, com Luisa Stefani e Bia Haddad Maia conseguindo bons resultados em quadras, principalmente em torneios de dupla.

Entretanto, para não perder a tradição do país no esporte, a aposta de alguns executivos foi na criação do Rio Open, uma competição de ATP 500 que se consolidou rapidamente no calendário mundial. Disputado no Rio de Janeiro, o torneio está na oitava edição e com um futuro promissor. Algo que garante a presença de grandes nomes, como explica o ex-tenista Flávio Saretta na conversa com o blog Betway Insider. Ele afirma que o nível dos atletas em 2022 mostra como o título está ficando mais disputado.

O paulista ainda aponta que a 8ª edição do Rio Open vai ser a possibilidade de acompanharmos alguns dos melhores nomes da ATP na atualidade, como Matteo Berrettini, Casper Ruud e Carlos Alcaraz. Quando perguntado pela equipe da Betway, site de apostas em tênis, Flávio Saretta garantiu que esses três são sempre favoritos quando o piso é saibro. Ou seja, a competição brasileira está atraindo bons nomes com a premiação de quase US$ 2 milhões.

Um legado diferente

Todo esse sucesso do Rio Open é positivo para o Brasil, principalmente pela falta de atletas em alto nível no cenário atual. Flávio Saretta vai além, e acredita que acaba sendo um prêmio de consolação, pois o país não soube aproveitar o legado de Gustavo Kuerten. O paulista relembra que nos anos 2000 só se falava de tênis por aqui, mas isso não fez com que o investimento e a força dos atletas aumentasse. As federações acabaram prejudicando o avanço.

Essa é a visão de um atleta que viveu todo esse auge do Guga de maneira bem próxima, pois era contemporâneo do catarinense. Saretta atuou profissionalmente entre 1998 e 2014, inclusive disputando grandes competições e Grand Slams. O maior título da carreira aconteceu em 2007, quando conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos realizados no Brasil. Um final de carreira digno de filme, mas que deixou pouco legado para o esporte nacional.

A crítica do ex-tenista é válida e o cenário atual demonstra isso, mas o Rio Open pode trazer uma mudança importante. Em 2022, por exemplo, alguns atletas brasileiros vão ganhar a oportunidade de enfrentar bons nomes. Isso é algo que gera impacto positivo, seja pela experiência ou até mesmo pela motivação. Saretta explicou na entrevista que conviver com grandes tenistas é uma boa forma de buscar inspiração na carreira.

Disputa acirrada

Ainda em 2014, na primeira edição, o Rio Open viu Rafael Nadal ser campeão e inaugurar uma competição que só ganhou mais força. As edições seguintes foram conquistadas por tenistas da elite, como Dominic Thiem, David Ferrer e Cristian Garín. Ou seja, o torneio carioca é visto de forma positiva também pelos atletas, pois os campeões costumam ter bons resultados após o título.

Por entrar na categoria de ATP 500, o Rio Open também é uma boa fonte de pontos para o ranking oficial, algo que é sempre positivo. Muitos atletas precisam disso para conseguir melhores posicionamentos nas chaves dos Grand Slams. Isso significa que todo mundo sai ganhando com o crescimento da competição.

Os torcedores brasileiros são os maiores beneficiados, pois conseguem acompanhar grandes nomes do tênis mundial de perto, além de sonhar com o surgimento de um novo brasileiro para repetir os feitos de Guga. Algo que é difícil, mas que só pode acontecer se houver incentivos e uma cultura forte do tênis no Brasil.

Redação

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