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Criança de 10 anos sofre queimadura de 2º grau após contato com besouro

Uma criança de 10 anos sofreu uma queimadura de 2º grau após ser atacada por um besouro, em um condomínio […]

Foto: Divulgação/TN Online
Foto: Divulgação/TN Online
Criança de 10 anos sofre queimadura de 2º grau após contato com besouro
Redação - OBemdito
Publicado em 12 de novembro de 2021 às 16h00 - Modificado em 13 de novembro de 2021 às 07h36
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Uma criança de 10 anos sofreu uma queimadura de 2º grau após ser atacada por um besouro, em um condomínio de Cuiabá. Danilo Oliveira foi picado pelo inseto no dia 30 de outubro e faz tratamento desde então, porém, não se recuperou completamente.

Daniela Oliveira, mãe do garoto, disse que estavam no carro no momento em que seu filho foi atacado.

“Quando eu já estava saindo do condomínio, meu filho deu um grito dizendo que estava queimando. Ele sentiu que tinha um bicho rastejando, mas, como estava escuro, não conseguimos encontrar nada. Quando passei a lanterna no pescoço dele vi que já estava queimado e formando uma bolha”, relata.

Já em casa, Daniela vasculhou o carro e encontrou o inseto responsável pelo ferimento. “Pensei que fosse uma lagarta, uma aranha ou algo assim, porque nunca imaginei que um besouro pudesse causar uma queimadura dessa. É um bichinho inofensivo, pequeno, mas se ele se sentir ameaçado acaba causando essa queimadura”, pontuou.

Prefeitura faz orientações

O período de chuvas começou em Cuiabá e, com isso, algumas espécies de animais passam a se proliferar de forma mais intensa. É o caso do besouro da espécie Neoaulacoryssus speciosus. De acordo com Adriana Gaíva Mattos Dalloglio, bióloga do setor de endemias e animais sinantrópicos da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), é normal essa incidência maior nesta época do ano.

“Estes besouros são atraídos pela luz durante a noite e, de dia, se abrigam em locais escuros e úmidos. Como se alimentam de outros insetos menores, que também são atraídos pela luz, são considerados predadores e devem ser preservados”, afirma.

A servidora afirma que as informações em relação ao animal foram verificadas junto ao professor doutor do Instituto de Biociências da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Fernando Vaz-de-Mello, que é entomólogo (profissional que trabalha com identificação de insetos) e é responsável pelo maior acervo do Estado e um dos maiores acervos de besouros da América Latina. Com base nisso, as orientações são repassadas à população pelos agentes de combate a endemias no trabalho de campo e também por telefone, quando a UVZ é acionada pelos usuários.

Conforme os profissionais, o besouro não é venenoso e nem transmite doenças aos seres humanos. No entanto, se apertado contra uma superfície, libera um líquido quente e de forte odor, podendo provocar queimação em peles mais sensíveis ou manchar a pele e/ou tecidos.

Cuidados a serem tomados

Adriana Gaíva orienta que as pessoas evitem manter lâmpadas acesas, na parte externa e interna das residências e evitem o contato com o besouro, devido ao risco de queimadura, que, dependendo da gravidade, pode necessitar de uma avaliação médica.

A profissional destaca ainda a importância de se conhecer a biologia para saber como lidar com os animais.

“É importante a preservação de seus predadores naturais como sapos e lagartos. É muito comum as pessoas jogarem sal nos sapos, matarem lagartixas, e estes são os principais predadores urbanos”, afirma. Ao invés de interferir no equilíbrio ecológico, a orientação aos moradores é a instalação de barreiras físicas, como veda-portas sob medida nas soleiras das portas externas e a instalação de telas nas janelas, para evitar a entrada de insetos de modo geral e de outros animais alados.

(Informações do TN Online e Prefeitura de Cuiabá)

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