Alex Nascimento Publisher do OBemdito

Morre Brigitte Bardot, ícone do cinema francês, aos 91 anos

Foto: Eric Feferberg/AFP
Morre Brigitte Bardot, ícone do cinema francês, aos 91 anos
Alex Nascimento - OBemdito
Publicado em 28 de dezembro de 2025 às 14h54 - Modificado em 28 de dezembro de 2025 às 15h50

Morreu neste domingo (28), aos 91 anos, a atriz Brigitte Bardot, uma das maiores lendas do cinema francês. A informação foi confirmada por autoridades locais. A causa da morte não foi divulgada. No entanto, a artista enfrentava problemas de saúde havia alguns meses, com longos períodos de internação. Ela morreu em um hospital no sul da França, onde passaria por uma cirurgia.

Logo após a confirmação da morte, o presidente francês Emmanuel Macron se manifestou publicamente. Em mensagem, ele escreveu: “Seus filmes, sua voz, sua fama deslumbrante, suas iniciais, suas tristezas, sua generosa paixão pelos animais, seu rosto que se tornou Marianne. Brigitte Bardot personificava uma vida de liberdade. Uma existência francesa, um brilho universal. Ela nos tocou. Lamentamos a perda de uma lenda do século”.

Ativista animal

Além de atriz, Brigitte Bardot construiu carreira como cantora e ativista da causa animal. Nascida em Paris, em 1934, em uma família abastada, ela iniciou a trajetória artística como modelo aos 15 anos. Em seguida, estampou a capa da revista Elle. Assim, sua beleza chamou atenção imediata do cinema.

A atriz estreou nas telas em 1952, aos 18 anos, no filme Le Trou Normand, de Jean Boyer. No mesmo ano, atuou em Manina, a Moça Sem Véu. Embora tivesse papel discreto, Bardot ganhou destaque ao aparecer de biquíni, ajudando a popularizar a peça.

Em 1953, ela atuou em Mais Forte que a Morte, seu primeiro longa norte-americano. Apesar do papel secundário, Bardot causou impacto no Festival de Cannes ao surgir novamente de biquíni. Dessa forma, a mídia internacional passou a acompanhar seus passos.

Entre 1955 e 1956, a atriz participou de diversas produções europeias. Nesse período, consolidou espaço como protagonista. Ainda em 1956, estrelou E Deus Criou a Mulher, dirigido por Roger Vadim. O filme a transformou em símbolo sexual e referência de comportamento e moda.

Estrela global

A partir daí, Bardot se firmou como estrela global. Atuou em títulos consagrados como O Desprezo, de Jean-Luc Godard. Além disso, dividiu cenas com nomes como Alain Delon, Marcello Mastroianni e Sean Connery.

Durante os anos 60, a atriz enfrentou crises pessoais, depressão e problemas com álcool. Teve um filho com quem manteve relação conturbada. Em 1965, visitou o Brasil e passou por Búzios. A cidade eternizou a visita com uma estátua à beira-mar.

Seu último filme foi lançado em 1973. Depois disso, Bardot abandonou o cinema. Em seguida, dedicou-se integralmente à defesa dos animais. Ela criou a Fundação Brigitte Bardot, com atuação internacional.

Apesar do reconhecimento, a artista também acumulou polêmicas. Em 2021, a Justiça francesa a condenou por declarações racistas. Além disso, ela declarou apoio à extrema direita nos últimos anos.

Brigitte Bardot deixa um filho, duas netas e uma bisneta. Seu legado artístico e cultural permanece como um dos mais influentes do século 20.

Fonte: Agência Brasil

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