DER prevê início de obras na erosão da PR-323 nesta terça-feira
O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) informou que a previsão é iniciar nesta terça-feira (16) as obras emergenciais no trecho urbano da PR-323, em Umuarama, afetado por uma erosão às margens da rodovia. O início dos trabalhos, no entanto, depende das condições do clima.
De acordo com o DER-PR, a primeira etapa da intervenção prevê o lançamento de pedras na área atingida pela erosão, com o objetivo de estabilizar o talude e conter o avanço do dano estrutural provocado pelas chuvas intensas registradas nos últimos dias.
Em razão da chuva, uma faixa de tráfego precisou ser interditada no local da obra para garantir a segurança de motoristas e trabalhadores. O trecho conta com sinalização provisória, orientando os condutores que passam pela rodovia.
Uma ordem de serviço foi finalmente emitida no último dia 10 para iniciar os trabalhos emergenciais. Na sexta (12) e neste sábado (13), trabalhadores estiveram no local, mas as condições climáticas impediram o progresso.
A erosão tem avançado desde a última semana, agravada pelas precipitações recorrentes, o que elevou o risco de comprometimento da pista. Até o momento, o acostamento permanece interditado.
O DER-PR orienta que os motoristas redobrem a atenção ao trafegar pelo trecho da PR-323 em Umuarama, respeitando a sinalização instalada no local, especialmente enquanto as obras não forem concluídas.
Situação já havia piorado em novembro
Imagens feitas pelo OBemdito no dia 6 de novembro já mostravam que a erosão vinha se agravando semana após semana. As chuvas daquele período haviam levado parte da terra do acostamento e do asfalto, ampliando o desmoronamento iniciado em 18 de outubro.
Na ocasião, o DER-PR informou que o “processo de contratação emergencial estava em andamento”, mas admitiu que não havia previsão para início dos reparos. Mais de duas semanas após o primeiro deslizamento, o terreno seguia cedendo sem qualquer intervenção efetiva.
Como o problema começou
O desmoronamento teve início em 18 de outubro, no trecho urbano entre o viaduto Alexandre Ceranto e o trevo do Gaúchão. O aterro cedeu nos dois lados do suporte de uma tubulação, comprometendo acostamento, parte do asfalto e o sistema de drenagem. Na madrugada daquele dia, o Simepar registrou 32,9 mm de chuva entre 4h45 e 9h, volume suficiente para sobrecarregar todo o sistema de escoamento.
O ponto é considerado um dos mais críticos da rodovia porque recebe grande concentração de enxurradas vindas da avenida Castelo Branco, que canaliza água das regiões centrais de Umuarama até o córrego Pinhalzinho. A força dessas correntes escava a base do aterro e provoca desmoronamentos recorrentes há anos.






