Umuarama está apta a receber câmeras inteligentes do Programa Olho Vivo
O governo do Paraná iniciou uma nova etapa do Programa Olho Vivo, que integrará câmeras inteligentes com Inteligência Artificial ao sistema estadual de videomonitoramento. O lançamento ocorreu nesta quarta-feira em Curitiba. Com investimento de R$ 400 milhões, o plano amplia a capacidade de investigação e reforça o combate ao crime em tempo real.
Umuarama está entre as 22 cidades aptas a receber os novos equipamentos, cuja instalação depende da adesão das prefeituras. As demais cidades são Curitiba, Araucária, Fazenda Rio Grande, Piraquara, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Pinhais, Colombo, Paranaguá, Pontal do Paraná, Guaratuba, Morretes, Matinhos, São José dos Pinhais, Guarapuava, Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu e Guaíra. Juntas, elas reúnem cerca de 5,8 milhões de moradores, quase metade da população do Estado.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior afirmou que a expansão representa um salto tecnológico. Ele destacou que a ferramenta melhora a precisão das operações policiais. “Essa tecnologia permite identificar suspeitos e situações em segundos, mesmo sem informação completa sobre o autor do delito”, disse. Segundo ele, o Paraná registra queda nos índices de violência e avança na modernização da segurança pública.

Câmeras para a investigação assistida
O novo modelo inaugura a investigação assistida. As câmeras param de depender apenas da observação humana e passam a emitir alertas automáticos. Além disso, os sistemas cruzam dados, rastreiam rotas e permitem pesquisas por características específicas de pessoas e veículos. Um projeto piloto funciona em Almirante Tamandaré desde agosto e agora chega a todo o Estado.
Até 2026, o governo instalará 1.500 câmeras inteligentes adquiridas diretamente pela administração estadual. Entretanto, o plano prevê a expansão para 26.500 equipamentos nos próximos anos. Desse total, 20 mil serão comprados pelos municípios com recursos estaduais. Outras 5 mil já funcionam na rede da Secretaria de Segurança Pública.
O secretário das Cidades, Guto Silva, ressaltou que a inovação amplia a capacidade de antecipar riscos. “Esse modelo não apenas reconhece placas e rostos, mas identifica comportamentos fora da normalidade”, afirmou. Ele disse ainda que o Estado disponibilizará os recursos para a compra e para a integração dos sistemas municipais.
A rede opera de forma integrada entre a Secretaria de Segurança Pública, a Secretaria das Cidades e a Superintendência-Geral de Governança de Serviços e Dados. A plataforma segue padrões internacionais de proteção da informação e cumpre as exigências da Lei Geral de Proteção de Dados.
O secretário de Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, afirmou que a IA não substitui o policial. “A IA vem para somar ao agilizar o cercamento digital, mas o policial continua sendo fundamental”, disse.
As imagens ficam armazenadas por 90 dias. Em fases futuras, o sistema também monitorará agressores de mulheres e pessoas com tornozeleira eletrônica. Além disso, as câmeras serão instaladas em áreas urbanas e rodovias, com reforço no Litoral durante o Verão Maior Paraná.






