Umuarama

Governo relança consulta do Parceiro da Escola e 5 colégios do NRE Umuarama estão na lista

A Secretaria de Estado da Educação anunciou nesta semana a lista dos 96 colégios que passarão por nova consulta pública para avaliação da adesão ao Programa Parceiro da Escola. Cinco colégios que integram o Núcleo Regional de Educação (NRE) de Umuarama fazem parte da lista.

A medida vale a partir de 2026 e busca, sobretudo, retomar o processo iniciado em 2024. Naquele período, as unidades não alcançaram o quórum mínimo exigido ou não obtiveram aprovação da comunidade escolar.

A nova votação ocorrerá nos dias 17 e 18 de novembro, das 8h às 20h, diretamente nos colégios. Segundo a Seed-PR, a consulta garante mais uma oportunidade de decisão e mantém o fluxo previsto. Para participar, pais, responsáveis, professores, funcionários e estudantes maiores de 18 anos precisam apenas apresentar documento com foto.

As instituições de ensino do NRE de Umuarama que terão consulta pública são:

– Cafezal do Sul – Colégio Estadual Tiradentes

– Francisco Alves – Colégio Estadual Vicente Tomazini

– Perobal – Colégio Estadual Ana Neri

– Umuarama – Colégio Estadual Vereador José Balan

– Umuarama – Colégio Estadual Tiradentes

O que é o Programa Parceiro da Escola

O programa permite que empresas privadas assumam a gestão administrativa e de serviços das escolas. Entretanto, a condução pedagógica permanece integralmente sob responsabilidade da Secretaria da Educação. Assim, o modelo busca ampliar a eficiência da gestão sem alterar diretrizes educacionais.

Além disso, a Seed-PR prepara novo edital para credenciar empresas interessadas em integrar o programa. A publicação está prevista para novembro e pretende atender a possível demanda das escolas que aprovarem a adesão.

Foto: Hugo Silveira/Seed

Consulta em 27 Núcleos Regionais de Educação

As unidades que participam da oitiva pertencem a 27 Núcleos Regionais de Educação e 78 municípios. Para aderirem ao programa, precisam atingir quórum mínimo de 50% mais um voto.

Caso isso não ocorra, a secretaria definirá a inclusão com base em critérios objetivos, como frequência abaixo da média estadual e desempenho no Ideb inferior ou em queda. A localização da escola também poderá influenciar a decisão, já que a logística é essencial para contratar empresas parceiras.

Atualmente, 82 escolas já funcionam no modelo. As consultas ocorreram em 2024 e garantiram a implementação em 2025. Os primeiros resultados apontam avanços relevantes. Uma pesquisa da Radar Inteligência registrou aprovação superior a 86% entre mais de 2 mil pais participantes. Além disso, 84,2% recomendariam o modelo e 92,2% percebem maior cuidado com os estudantes.

Os impactos do programa nas escolas

Dados internos da Seed-PR reforçam o impacto. Segundo a secretaria, as escolas reduziram em 99% o número de aulas vagas e ampliaram em quase 80% as observações pedagógicas feitas por diretores. Paralelamente, cerca de 45% dos gestores passaram a participar mais de formações continuadas, o que fortalece a qualidade do processo educativo.

As escolas que tiverem adesão aprovada iniciarão as atividades no modelo Parceiro da Escola no começo de 2026, consolidando mais uma etapa da política educacional adotada pelo Estado.

O que diz a APP-Sindicato

A APP-Sindicato intensificou a mobilização das comunidades escolares para barrar esta nova ofensiva do governo do Paraná. A entidade afirma que cerca de 150 escolas da rede estadual estão ameaçadas, já que podem ter a gestão transferida para empresas privadas ou perder o modelo democrático vigente.

O sindicato realizou na útima quarta-feira (12), o Dia D de luta contra a privatização e a militarização das escolas. A intenção é fortalecer as ações já em andamento e ampliar a circulação de informações. Assim, a mobilização envolve educadores, estudantes e famílias em um debate mais amplo.

Segundo a secretária de Organização da APP-Sindicato, Sidineiva de Lima, o engajamento das escolas será essencial. Ela afirma que o ataque da Secretaria da Educação exige resposta rápida e coordenada. Por isso, o Dia D incentiva discussões internas e integra as comunidades das unidades em risco.

Além disso, a APP-Sindicato argumenta que a medida ameaça direitos, reduz espaços de participação e altera o funcionamento pedagógico sem diálogo com a comunidade escolar. A mobilização pretende, portanto, ampliar o debate público, reforçar a defesa da escola democrática e pressionar o governo a rever decisões que impactam diretamente o futuro da rede estadual.

Foto: APP-Sindicato

Alex Nascimento

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