Galeria pluvial de 1,6 km promete encerrar histórico de alagamentos em Umuarama
Uma obra de drenagem considerada a maior da história recente de Umuarama foi anunciada na manhã desta sexta-feira (31) pelo prefeito Fernando Scanavaca (Republicanos), durante a apresentação do balanço dos primeiros nove meses de gestão.
O projeto prevê a implantação de uma galeria pluvial de 1,6 quilômetro interligando o Bosque do Índio ao Bosque Uirapuru, com o objetivo de eliminar o histórico de alagamentos que afetam a região central da cidade, especialmente nas proximidades da Prefeitura.
O investimento, de R$ 16,5 milhões, será financiado com recursos a fundo perdido do governo do Estado e deve ter o convênio assinado nas próximas semanas. A partir disso, será aberto o processo licitatório e, conforme o cronograma, as obras devem começar no início de 2026, com prazo de sete meses de execução.
Preocupação constante”
Ao anunciar o projeto, o prefeito Fernando Scanavaca destacou que o problema é antigo e vem se agravando com as mudanças climáticas.
“Toda vez que chove, quem está no centro abandona o que está fazendo para tentar tirar o carro da rua. Há imóveis e comércios que sofrem com o alagamento há anos. Essa obra é fundamental para valorizar a região central e dar tranquilidade à população”, afirmou.
O prefeito também ressaltou que as inundações recorrentes estão ligadas ao crescimento desordenado e à falta de planejamento em loteamentos antigos.
“As mudanças climáticas estão aumentando a frequência das chuvas fortes, e o município precisa estar preparado. Estamos sendo rigorosos com os novos empreendimentos para evitar que os moradores, muitas vezes de boa-fé, comprem terrenos em áreas com risco de alagamento”, completou.
Tecnologia e execução por etapas
De acordo com o secretário de Obras, Planejamento Urbano e Projetos Técnicos, Renato Caobianco dos Santos, o sistema de drenagem será executado com tecnologia moderna e método construtivo que reduz o tempo e o impacto no trânsito.
“É uma obra de grande vulto, e sabemos do transtorno que ela pode causar, mas estamos planejando de forma a minimizar os impactos. A execução será feita por etapas: concluímos um trecho, liberamos o tráfego e seguimos para o próximo”, explicou.
O secretário adiantou que a nova tecnologia deve diminuir pela metade o tempo de execução, em comparação a métodos convencionais.
“Estamos trabalhando com um cronograma de sete meses, que seria o dobro em uma obra tradicional. A meta é fazer o mais rápido possível, sem comprometer a qualidade”, afirmou.
Drenagem interliga os bosques
O projeto prevê uma galeria subterrânea de 1,6 km, ligando o Bosque do Índio ao Bosque Uirapuru, cruzando várias avenidas do centro da cidade. A estrutura funcionará como um corredor de drenagem natural, permitindo o escoamento eficiente da água da chuva para áreas mais baixas e evitando a sobrecarga nas bocas de lobo e galerias antigas.
A obra deve resolver os pontos críticos de alagamento nas imediações da Prefeitura, na Avenida Paraná e nas vias adjacentes, locais onde comerciantes e motoristas há anos enfrentam transtornos em dias de chuva intensa.
Com a conclusão da galeria, a expectativa do município é eliminar definitivamente o risco de inundações no centro e ampliar a capacidade do sistema de drenagem urbana, garantindo mais segurança e infraestrutura para o desenvolvimento da cidade.

(OBemdito com imagens de Danilo Martins/OBemdito)





