Confiança e afeto: Fernanda, com a pequena Celina nos braços, e Mariani, a doula que a acompanha desde a gestação - Fotos: Danilo Martins/OBemdito
“Com escuta, acolhimento e orientação, a doula transforma medo em força e parto em experiência de amor.” Esta é, em resumo, a definição que Mariani Barbosa, 29 anos, faz dessa profissional que acompanha a gestante da gravidez ao pós-parto.
A cada nascimento, uma história de amor e coragem se desenha — e, em muitas delas, Mariani está presente. Doula há seis anos, uma das mais requisitadas de Umuarama, já acompanhou mais de 200 partos, a maioria de pais de primeira viagem.
Para Mariani, ser doula é um dom e ela o tem. “Descobri que nasci para isso; é gratificante poder acolher, orientar e estar ao lado das famílias em um momento tão especial… Estou realizada”, exclama.
Para atuar na área, buscou formação em uma entidade considerada referência [na Revelando Doulas], na região de Campinas/SP, onde participou de um curso de imersão, focado em teoria e prática; depois, fez estágio voluntário.
“Procurei me preparar ao máximo; é uma grande responsabilidade estar presente num parto… Acredito que o conhecimento é fundamental para transmitir segurança e tranquilidade”, afirma Mariani, que é mãe de duas meninas, nascidas de parto natural, com acompanhamento de uma doula, é claro.
Aliás, foi essa vivência que despertou nela o desejo de seguir essa profissão: “Vivi na pele todas as sensações de uma parturiente… Quando a gente passa por isso, compreende de forma muito mais profunda o valor da presença de uma doula”.
Além disso, segundo ela, foi um aprendizado imenso: “Acredito que foi uma lição que me ajudou a ser mais sensível e empática com as gestantes, porque a gente entende, com o coração, o que ela está sentindo”, declara.
Dona de voz suave e gestos delicados, Mariani informa que as doulas são reconhecidas como as maiores incentivadoras do parto natural e da amamentação. “São duas bandeiras que defendo com entusiasmo”, enfatiza.
No seu trabalho, a doula fornece apoio contínuo à gestante e sua família antes, durante e após o parto. “O ideal é iniciarmos a parceria a partir da 12ª semana de gestação, mas não há um limite de tempo para contratação”, avisa Mariani.
Além do apoio emocional e o repasse de informações seguras, ela também conscientiza sobre os direitos da gestante e ajuda a derrubar mitos e preconceitos: “Meu papel é mostrar que o parto pode ser uma experiência positiva, respeitosa e empoderadora”.
Segundo ela, toda mulher merece viver esse momento com calma e protagonismo. “Usamos técnicas que ajudam a reduzir a ansiedade, aliviam a dor e promovem a confiança da gestante, tudo envolto de muito afeto”, descreve, com a serenidade de quem vive a beleza do nascer quase todos os dias.
A importância do trabalho da doula tem reconhecimento governamental. No Paraná, é garantido por uma lei estadual [Lei nº 21.053/2022]. Alguns municípios têm leis próprias que reforçam ou complementam a regulamentação estadual; é o caso de Umuarama, que sancionou a sua também em 2022 [Lei n° 4.526/2022].
Tanto a estadual quanto a municipal asseguram a presença de doula, sempre que solicitada pela gestante, durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato em hospitais, particulares ou da rede pública. “Foi uma grande conquista”, comemora Mariani.
No entanto, ela faz questão de ratificar que o papel da doula é oferecer suporte emocional à gestante: “Ela não realiza procedimentos médicos, não receita medicamentos e não interfere nas condutas da equipe de saúde… Sua função é somar!”
Mãe da pequena Celina, que hoje está com dois meses, Fernanda Feroldi Leitão, 30 anos, faz parte da lista de clientes de Mariani. Ela é empresária em Cidade Gaúcha.
Enquanto amamentava sua pequena, Fernanda lembrou com emoção de tudo o que viveu nos últimos meses. Para esse momento tão esperado, a decisão de buscar o acompanhamento de Mariani, segundo ela, foi positiva: “Foi a melhor escolha que poderia ter feito”.
Ela reafirma que foi muito bem assessorada. “Cada orientação que recebi fez diferença… A doula faz um trabalho muito importante e o apoio de Mariani foi decisivo para que o parto acontecesse de forma tranquila e confiante”, atesta.
E acrescenta: “Na hora do parto me veio a sensação de que a gente pode não dar conta, mas com a doula ao lado fiquei mais calma, segura… Isso muda tudo”.
Para a conversa com OBemdito, Fernanda veio acompanhada da mãe, Inês Feroldi Leitão, 59 anos. Inês conta que, trinta anos atrás, passou pelas experiências do parto normal e da cesárea.
“Agora, a única coisa que eu soube dizer para minha filha é que o normal foi muito melhor; e só! Tudo mudou muito de uns tempos para cá, por isso dei o maior incentivo quando ela decidiu contratar a doula”, conta a avó de Celina.
== Acompanhe a Mariani pelo Instagram: mariani_doula/
== Para mais informações – 44 9 9807-3345 (whatsapp)
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