MPPR denuncia homem que manteve enteada em cárcere privado e abusou dela por 22 anos
A ação penal elenca 11 fatos criminosos que o agressor praticou, sendo que alguns foram cometidos reiteradas vezes
O Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou criminalmente o homem que manteve a enteada em cárcere privado e a abusou sexualmente. A denúncia cita sete tipos diferentes de crimes que o autor teria cometido contra a vítima. O caso ocorreu no município de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba.
O caso foi descoberto no dia 16 de setembro deste ano, após a vítima conseguir deixar a residência em que era mantida sob constante vigilância de câmeras de segurança. Ela disse ao padrasto que levaria os filhos à unidade de saúde, mas dirigiu-se até uma delegacia de polícia civil.
A denúncia do MPPR ocorreu por meio da 4ª Promotoria de Justiça de Araucária. De acordo com o Ministério Público, a investigação aponta que o homem de 51 anos teria violentado sexualmente e mantido a própria enteada em cárcere privado.
Os crimes foram praticados por 22 anos e começaram quando a vítima tinha apenas 7 anos de idade. Atualmente ela está com 29 anos. O Judiciário já recebeu a ação penal que elenca 11 fatos criminosos que o agressor praticou, sendo que ele teria cometido alguns reiteradas vezes.
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu o inquérito no dia 26 de setembro e indiciou o autor. Confira detalhes aqui.
Abusos contra enteada eram filmados
O padrasto filmava os abusos e impedia a enteada de utilizar métodos contraceptivos. Tal conduta levou a vítima a ter três filhos com o agressor. Conforme o MPPR, a mulher e seus filhos estão sendo atendidos pelos órgãos da rede de proteção da comarca de Araucária.
Com o recebimento da denúncia pelo Judiciário, o homem torna-se réu por diversos crimes. São eles: estupro, estupro de vulnerável, estupro coletivo, cárcere privado, perseguição, registro não autorizado de intimidade sexual. O MPPR acrescenta que todos os crimes são majorados ou qualificados no âmbito da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006). Além disso, a denúncia inclui o crime de dano emocional provocado à mulher.
O processo tramita sob sigilo, na Vara Criminal de Araucária.
(Informações: Assessoria MPPR)





