PCPR indicia homem que abusou da enteada por 22 anos e teve filhos com ela

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu o inquérito e indiciou um homem por estupro em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. O suspeito, de 51 anos, foi responsabilizado por sete crimes: perseguição, causar dano emocional, estupro, estupro de vulnerável, cárcere privado qualificado, constrangimento e filmar conteúdo de ato sexual sem autorização.

O caso veio à tona em 16 de setembro, quando o homem foi preso em flagrante pelos crimes de estupro, cárcere privado e perseguição. A captura ocorreu depois que a vítima procurou a unidade policial para registrar a ocorrência. Enquanto prestava depoimento, recebeu ameaças do agressor por telefone, o que reforçou a gravidade da situação.

Na residência do suspeito, os policiais apreenderam câmeras utilizadas para monitoramento constante da vítima e vídeos de abusos armazenados no celular dele. Segundo a investigação, o monitoramento incluía não apenas os ambientes da casa, mas também a vigilância sobre os deslocamentos e contatos da vítima.

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As apurações apontam que os abusos começaram quando a menina tinha apenas sete anos de idade. Aos 16, ela teria sido forçada a se casar com o agressor, que era seu antigo padrasto, após engravidar. Desde então, por mais de duas décadas, a vítima sofreu agressões físicas, violência psicológica, restrição de liberdade e monitoramento contínuo.

A Polícia Civil também identificou que a mulher era obrigada a manter relações sexuais com outros homens, e os atos eram gravados. Em depoimento, ela relatou ter sofrido pelo menos 50 abusos até os 14 anos.

De acordo com o delegado da PCPR Eduardo Kruger, a investigação reuniu provas robustas: “Ao longo das diligências, apreendemos diversos objetos que ele utilizava ou fazia outros homens utilizarem na vítima durante a prática dos abusos. A vítima também descreveu a rotina de ameaças, controle e violência que enfrentou por anos”, afirmou.

Com a conclusão do inquérito policial, o procedimento foi remetido ao Ministério Público, que analisará as provas e decidirá sobre as medidas judiciais a serem aplicadas. O suspeito permanece preso.

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(Com informações Agência PCPR)

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