Caso ocorreu em Araucária, na região metropolitana de Curitiba (Foto Reprodução/Domingo Espetacular/Record)
Cerca de 30 homens são investigados pela Polícia Civil do Paraná por participarem de uma rede de exploração sexual que estuprou repetidamente uma mulher durante os 22 anos em que ela foi mantida em cárcere privado pelo próprio padrasto em Araucária, na região metropolitana de Curitiba.
O caso, que envolve crimes de estupro, cárcere privado e exploração sexual, veio à tona quando a vítima, hoje com 29 anos, conseguiu fugir no dia 19 de março.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, o padrasto, de 51 anos, preso em flagrante, não apenas cometia abusos sexuais contra a enteada desde os 7 anos de idade como também organizava encontros com outros homens.
“Ele marcava os encontros, preparava o quarto e a obrigava a manter relações sexuais com desconhecidos, enquanto os três filhos dela dormiam em um cômodo ao lado”, relatou a autoridade policial.
A vítima era obrigada a não usar métodos contraceptivos porque o acusado desejava que ela engravidasse de um dos homens que a estupravam. As crianças frutos dessas violações têm hoje 6, 9 e 13 anos de idade. A primeira gravidez ocorreu quando a vítima tinha 16 anos.
Em entrevista ao programa Domingo Espetacular, da Record, a mulher detalhou a dinâmica dos crimes. “Teve um ou outro que falou: ‘Não. Mas parece que ela está sendo forçada, não tá?’. Ele perguntava, mas depois ele fazia”, relatou. Em um dos episódios, quando um homem questionou se ela estava à vontade, o padrasto respondeu no lugar dela: “Ela quer!”.
A vítima também revelou que pelo menos um dos agressores estava monitorado pela Justiça durante os abusos. “Teve um homem que esteve aqui em casa que estava de tornozeleira eletrônica”, contou. O padrasto mantinha uma faca dentro do quarto para intimidá-la e garantir sua obediência.
“Eu só imaginei que a minha história podia passar na televisão, mas sem eu estar viva. Nunca imaginei poder estar contando a minha história. Ele tirou a vida que eu queria ter… Ele tirou a vontade que eu tinha. A minha liberdade, ele tirou de mim”, disse a mulher, emocionada, ao relatar que era retirada da escola pelo padrasto e levada para motéis.
O suspeito, preso na semana passada, nega as acusações. Em depoimento à Polícia Civil, disse “desconhecer” os crimes e afirmou que jamais ameaçou a vítima. A polícia, no entanto, apreendeu vídeos que comprovam as violações sexuais.
As investigações agora buscam identificar todos os 30 homens que aparecem nas gravações e participaram dos abusos. Eles responderão pelos crimes de estupro e corresponsabilidade no cárcere privado. A vítima e os três filhos recebem atendimento psicossocial da rede de proteção do município.
(OBemdito com informações da Banda B)
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