Paraná

Vítimas podem ter sido executadas dentro de veículo, por mais de uma arma, diz delegado

O delegado-chefe da 7ª Subdivisão Policial, Gabriel Menezes, respondeu a perguntas do OBemdito no grupo de imprensa na noite deste sábado (13) e disse ser possível que os quatro desaparecidos em Icaraíma tenham sido alvejados dentro do veículo“Não se pode descartar (essa hipótese)”.

Menezes indicou que as perfurações encontradas no carro dos cobradores sugerem a utilização de mais de uma arma no crime. “Aparentemente, foi mais de uma arma de fogo”, disse, sem precisar a quantidade e o calibre de cada uma.

O desaparecimento, registrado no dia 5 de agosto, completou 40 dias neste sábado. Durante todo esse período, o delegado-chefe não tem se furtado a responder à imprensa, mas sempre mantém cautela, com declarações curtas. A investigação corre sob sigilo.

Ele também disse que o proprietário da área onde o carro foi enterrado ainda não foi ouvido. “O proprietário ainda não foi ouvido. Estamos trabalhando nesse sentido”.

Ao ser questionado se a polícia está prestes a desvendar o crime, Gabriel Menezes afirmou que “é difícil definir um prazo”, mas foi mais otimista que em outras entrevistas. Desta vez, ele declarou que “as investigações estão bem encaminhadas”.

O delegado também foi indagado, com base em sua experiência profissional, sobre a razão de os corpos não terem sido encontrados dentro do carro, caso as vítimas tenham sido executadas ali. Para ele, essa possibilidade ainda está em aberto.

“Difícil definir essa questão, pois até mesmo as circunstâncias do momento do crime podem interferir na sua execução e pós-crime. Um imprevisto, algum desacerto. Enfim, tudo é hipotético, assim como a possibilidade ou não de defesa pelas vítimas”, afirmou.

Menezes destacou ainda que, em muitos crimes, mesmo após a condenação dos autores, a dinâmica exata dos fatos nunca é totalmente esclarecida. Para a polícia, entretanto, o avanço dos trabalhos em Icaraíma coloca os investigadores mais próximos de desatar um dos casos mais complexos e violentos já registrados na região.

Leonardo Revesso

Graduado em Direito pela Unipar, mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP e especializando em Neurociência do Consumo pela ESPM. Tutor da Olívia, da Ludi e da Mila. Está no jornalismo há 27 anos (iniciou aos 15). No OBemdito escreve sobre política e consumo.

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