Brasil

Fux absolve Bolsonaro em voto que durou 13 horas no STF

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quarta-feira (10) pela absolvição de Jair Bolsonaro e mais cinco aliados no julgamento da trama golpista.

Após 13 horas de exposição, Fux defendeu a condenação do general Braga Netto e do ex-ajudante de ordens Mauro Cid por tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Ainda assim, a maioria do colegiado já se inclina pela condenação de Bolsonaro. Até agora, Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram pela punição do ex-presidente.

O placar está em 2 a 1 pela condenação de Bolsonaro. Os votos de Cristiano Zanin e Cármen Lúcia serão apresentados nesta quinta-feira (11).

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Bolsonaro teria cometido crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado e dano qualificado, com penas de até 30 anos. Contudo, Fux considerou que o ex-presidente apenas cogitou medidas de exceção. “A cogitação não é suficiente para punir”, afirmou.

No voto, Fux rejeitou a acusação de que Bolsonaro incentivou atos de 8 de janeiro. Para ele, as ligações apresentadas pela PGR são “ilações” sem base concreta.

Em relação a Mauro Cid, o ministro destacou que o ex-ajudante não atuou apenas como assessor. Ele trocou mensagens sobre monitoramento de ministros e participou de reuniões com Braga Netto para discutir financiamento de ações golpistas.

Braga Netto, vice de Bolsonaro na chapa de 2022, foi considerado responsável por articular medidas concretas contra a democracia. Ele permanece preso desde dezembro, acusado de obstruir investigações. Já o almirante Almir Garnier e os generais Augusto Heleno e Paulo Sergio Nogueira foram absolvidos. Para Fux, a simples presença em reuniões ou anotações pessoais não comprovam adesão a crimes.

O ex-ministro Anderson Torres e o deputado Alexandre Ramagem também foram absolvidos. O ministro avaliou não haver provas de que tenham aderido à tentativa de golpe. Com isso, o julgamento segue dividido, em meio a expectativa para os votos de Zanin e Cármen Lúcia. O resultado final deve definir a responsabilidade do ex-presidente.

(OBemdito com informações Agência Brasil)

Leia também: Pedido de vistas adia decisão do TRE sobre recurso que tenta manter Lucas Grau no cargo

Rodrigo Mello

Formado em Jornalismo pelo Centro Universitário de Pato Branco (Unidep), tem especialização em Docência e Gestão do Ensino Superior pela Universidade Paranaense (Unipar). Com 23 anos de experiência, trabalhou em portais de notícia, assessoria de imprensa, TV e rádio. Foi assessor parlamentar na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e secretário municipal de Comunicação entre os anos de 2010 e 2013. Atualmente, é jornalista no portal OBemdito, onde escreve sobre política, educação, saúde, cidadania e segurança pública.

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