(Foto: Divulgação Abiec)
Apesar da apreensão inicial do setor com o tarifaço dos Estados Unidos, as exportações brasileiras de carne bovina não só resistiram como cresceram de forma expressiva nos últimos meses.
Até julho, Roberto Perosa, presidente da Abiec (Associação Brasileiras das Indústrias Exportadoras de Carne), chegou a prever perdas de até US$ 1 bilhão no ano. As vendas para os EUA realmente caíram, mas a diversificação dos destinos compensou e impulsionou a indústria nacional.
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) mostram que, até 25 de agosto, o Brasil exportou em média US$ 74,55 milhões por dia em carne bovina — alta de 70% em relação a agosto de 2024. O volume embarcado também subiu: 13,3 mil toneladas diárias, contra 9,8 mil no mesmo período do ano passado. O preço médio por tonelada avançou 26,3%, chegando a US$ 5.602.
A participação da carne bovina no total das exportações brasileiras passou de 3,35% para 5,22%. A China segue como principal destino, com mais de 50% das compras, enquanto os EUA perderam espaço: no acumulado do ano, adquiriram apenas 10,8% do total.
O analista João Otávio Figueiredo, da Datagro, lembra que as vendas para os EUA representam apenas 4% da produção brasileira. “É um mercado importante, mas muito menos estratégico do que a China”, afirma. Segundo ele, o Brasil acaba beneficiado pela realocação global: à medida que EUA compram mais de Austrália e Argentina, sobra espaço para o produto brasileiro no mercado asiático.
Nos EUA, a tarifa subiu para 76,4% após a cota isenta de 70 mil toneladas ser preenchida em menos de um mês. O resultado foi a disparada dos preços no mercado americano: em julho, o quilo da carne bovina moída chegou a quase R$ 78, com alta de 11,7% em seis meses.
A queda nas importações levou o México a ultrapassar os EUA como segundo maior destino da carne brasileira, atrás apenas da China. Em julho, os mexicanos compraram 15,6 mil toneladas, contra 12,7 mil dos norte-americanos. Rússia e Chile também já superaram os EUA em agosto.
O Brasil hoje exporta carne bovina para 134 países e abriu 17 novos mercados desde 2023, incluindo México, Egito, Vietnã e Indonésia. Com o novo status de livre de febre aftosa sem vacinação, o setor espera avançar sobre o cobiçado mercado japonês, em negociação há mais de 20 anos.
Em um cenário global de escassez de gado, o Brasil se fortalece como líder no comércio internacional de carne bovina, mesmo com o tarifaço americano.
(Com Gazeta do Povo)
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