Cotidiano

Mãe de fiscal preso por esquema ligado a Sidney Oliveira acumulou R$ 2 bilhões em 2 anos

A mãe do fiscal Artur Gomes da Silva Neto, preso na Operação Ícaro nesta terça-feira (12), apresentou aumento patrimonial de quase 5 mil vezes em dois anos, segundo o Ministério Público de São Paulo (MP-SP). De acordo com os promotores, Kimio Mizukami da Silva, professora aposentada de 76 anos, teria atuado como laranja do filho por meio da empresa Smart Tax Consultoria e Auditoria Tributária.

Na declaração de Imposto de Renda de 2021, a idosa informou possuir R$ 411 mil. No ano seguinte, o valor saltou para R$ 46 milhões. Em 2023, declarou R$ 2 bilhões. O Grupo Especial de Combate a Delitos Econômicos (Gedec) classificou a evolução patrimonial como “absurda”. Segundo o MP-SP, o enriquecimento seria resultado da compra de criptomoedas adquiridas com lucros da Smart Tax.

As investigações apontam que Kimio guardou R$ 6 milhões em espécie de um ano para outro. A origem dos recursos, afirmam os promotores, está ligada à distribuição de lucros da consultoria. Silva Neto ocupava cargo de chefia na Diretoria de Fiscalização (Difis) da Secretaria da Fazenda paulista. Além de atuar para a Ultrafarma, ele é suspeito de beneficiar outras empresas em processos administrativos.

A operação também prendeu Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, e Mario Otávio Gomes, executivo da Fast Shop. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em residências e sedes das empresas investigadas. O esquema envolvendo dono da Ultrafarma gerou R$ 1 bilhão em propina.

O MP-SP afirma que o fiscal manipulava procedimentos para facilitar a quitação de créditos tributários. Em troca, recebia pagamentos mensais de propina por meio da empresa registrada no nome da mãe. O valor recebido já ultrapassaria R$ 1 bilhão. Os investigados poderão responder por corrupção ativa, corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Em nota, a Secretaria da Fazenda e Planejamento informou ter aberto procedimento administrativo e pediu ao MP-SP o compartilhamento das informações. O órgão reiterou o compromisso com “valores éticos e justiça fiscal” e prometeu revisar protocolos internos.

(OBemdito com informações Metrópoles)

Rodrigo Mello

Formado em Jornalismo pelo Centro Universitário de Pato Branco (Unidep), tem especialização em Docência e Gestão do Ensino Superior pela Universidade Paranaense (Unipar). Com 23 anos de experiência, trabalhou em portais de notícia, assessoria de imprensa, TV e rádio. Foi assessor parlamentar na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e secretário municipal de Comunicação entre os anos de 2010 e 2013. Atualmente, é jornalista no portal OBemdito, onde escreve sobre política, educação, saúde, cidadania e segurança pública.

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