“Bibinho” foi o principal alvo das operações Diários Secretos e Argonautas; acordo prevê restituição milionária e multa adicional de R$ 3,6 milhões (Foto Dálie Felberg/Alep)
O ex-diretor-geral da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Abib Miguel, conhecido como “Bibinho”, firmou um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público do Paraná (MPPR) que resultará na devolução de R$ 258 milhões aos cofres públicos. O montante, calculado com base nos valores desviados, correção monetária e prejuízos acumulados ao erário, é considerado uma das maiores reparações financeiras já obtidas em acordos judiciais no Estado.
O acordo foi homologado recentemente pelo Poder Judiciário e envolve processos penais e cíveis relacionados às operações Diários Secretos e Argonautas, que investigaram um amplo esquema de corrupção na Alep entre os anos 2000 e 2010. Bibinho admitiu os crimes e, além do ressarcimento, pagará uma multa adicional superior a R$ 3,6 milhões.
Segundo o MPPR, os acordos foram firmados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), núcleo Curitiba, e abrangem processos que estavam em tramitação há quase 15 anos. As ações ficam agora suspensas com a homologação do acordo, garantindo a devolução dos valores desviados e encerrando a possibilidade de prescrição das penas, especialmente relevante diante da idade avançada do réu, hoje com 85 anos.
As investigações revelaram que Abib Miguel liderava uma organização criminosa dentro da Alep que utilizava funcionários “fantasmas” e “laranjas” para desviar recursos públicos por meio da folha de pagamento e contratação fictícia de servidores. O caso veio à tona com a série de reportagens e apurações iniciadas em 2009, resultando nas operações Diários Secretos e Argonautas, conduzidas pelo MPPR e que se tornaram marcos no combate à corrupção no Estado.
O valor de R$ 258 milhões engloba o total desviado identificado nas investigações, incluindo enriquecimento ilícito e danos causados ao patrimônio público. A cifra deverá ser paga de forma parcelada, conforme os termos do acordo, cujo conteúdo tramita sob sigilo médio por decisão judicial.
Com o acordo, o MPPR afirma garantir segurança jurídica ao conjunto de processos, muitos dos quais ainda estavam em fase recursal, mesmo após mais de uma década de trâmite. A Procuradoria também destaca que o entendimento com o ex-diretor assegura a efetiva reparação do dano ao erário, sem o risco de prescrição penal, o que poderia inviabilizar a responsabilização judicial em razão da morosidade processual e da idade do réu.
A devolução milionária e a admissão formal dos crimes encerram um dos mais emblemáticos capítulos da política paranaense, envolvendo desvio de dinheiro público em larga escala e a atuação prolongada de redes ilícitas no interior de um dos principais órgãos legislativos do Estado. A operação serve agora como referência no combate à corrupção institucionalizada e à impunidade de agentes públicos no Brasil.
OBemdito com informações do MPPR
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