Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (18) que considera uma “humilhação suprema” a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que o obrigou a usar tornozeleira eletrônica. A declaração foi dada após ele comparecer a um centro de monitoramento da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, onde o equipamento foi instalado.
“Eu não posso me aproximar de embaixada, eu tenho horário pra ficar na rua. E, no meu entender, o objetivo é uma suprema humilhação, esse que é o objetivo”, disse Bolsonaro, ao sair do local.
A medida foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações contra o ex-presidente, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Além do uso da tornozeleira, Bolsonaro está proibido de sair de casa durante a noite e aos fins de semana, de manter contato com outros investigados — entre eles, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho — e de se aproximar de embaixadas ou manter diálogo com diplomatas.
Bolsonaro rejeitou as suspeitas de que teria tentado fugir do país ou buscado apoio internacional para escapar das investigações. A desconfiança surgiu após a revelação de que ele passou alguns dias na embaixada da Hungria, em Brasília, logo após deixar a Presidência da República.
“O julgamento espero que seja técnico e não político, no mais nunca pensei em sair do Brasil, nunca pensei em ir para embaixada”, disse.
Durante a conversa, no entanto, o clima ficou tenso. Um grupo de populares que acompanhava a movimentação protestou contra Bolsonaro, e um trompetista ligado ao Partido dos Trabalhadores (PT) entoou músicas em tom crítico. A manifestação levou o ex-presidente a encerrar o pronunciamento antes do previsto.
Leia também: Bolsonaro vira alvo de operação da PF e deve usar tornozeleira eletrônica
Após cumprir a medida judicial, Bolsonaro seguiu para a sede do Partido Liberal (PL), em Brasília. O local também foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal nesta sexta-feira, como parte da mesma operação que impôs novas restrições ao ex-presidente.
De acordo com Bolsonaro, a sede do partido servirá como ponto de encontro com aliados para discutir os próximos passos.
Durante a operação, a Polícia Federal apreendeu US$ 14 mil e cerca de R$ 8 mil em espécie na residência de Bolsonaro. Ele alegou que os valores são legais e que possui documentação registrada no Banco Central comprovando a origem do dinheiro.
Além do dinheiro, os agentes encontraram um pendrive escondido em um dos banheiros da casa. Questionado sobre o dispositivo, Bolsonaro afirmou desconhecer seu conteúdo.
O ex-presidente também comentou a situação de seu filho Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos. De acordo com ele, o parlamentar poderá enfrentar problemas ao retornar ao Brasil, devido a um novo inquérito aberto contra ele.
As medidas determinadas nesta sexta-feira, no entanto, não estão diretamente relacionadas à investigação principal que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado por parte de Bolsonaro. Elas dizem respeito a outras frentes investigativas conduzidas pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República. Os detalhes constam no despacho do ministro Alexandre de Moraes, que embasou a operação.
A defesa de Bolsonaro ainda não se manifestou oficialmente sobre as novas medidas impostas.
(OBemdito com informações Agência Brasil)
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