Fotos: Arquivo Pessoal
Nayara de Lima Tavares, de 28 anos, procurou a reportagem para denunciar o envenenamento de seus gatos, na manhã desta segunda-feira (12). Ela mora com a mãe, Ivani Messias de Lima, de 57 anos, na Rua Maria Carolina, no bairro Jardim Carolin, em Umuarama.
Segundo Nayara, os primeiros indícios de que algo estava errado surgiram alguns dias antes, quando vizinhos começaram a relatar a morte de seus gatos. Na ocasião, consideraram os casos isolados e acreditaram que os animais poderiam ter apenas adoecido ou consumido alguma planta venenosa por acidente.
No entanto, na tarde deste sábado (10), uma das gatas da família de Nayara apareceu passando mal. “Ela estava com a barriga inchada. Achamos que fosse um bicho, provavelmente um escorpião”, contou Nayara. A gata desapareceu logo em seguida e, infelizmente, foi encontrada morta debaixo do sofá da casa.
A situação se agravou na madrugada de domingo (11) para segunda (12), quando outro gato começou a apresentar sinais graves de intoxicação, com espuma na boca. Nayara e sua mãe correram para levá-lo até a SAAU (Sociedade de Amparo aos Animais de Umuarama), onde os veterinários conseguiram estabilizá-lo. “Nosso gato ainda está internado, mas nos disseram que era envenenamento”, relatou.
Logo após voltarem para casa, a família encontrou mais um dos seus gatos morto, totalizando três animais afetados.
Abalada com as perdas, Nayara saiu para verificar os arredores da casa e encontrou pedaços de frango e arroz jogados pela rua e em um terreno baldio próximo à residência. Para ela, não há dúvidas de que os alimentos foram colocados propositalmente com veneno.
“Não temos certeza de quem foi, infelizmente nossa câmera de segurança não registrou nada, mas já fiz o boletim de ocorrência e vou até o fim para descobrir quem fez isso com nossos gatos”, afirmou.
Ela contou ainda que os animais da casa são bem cuidados, todos castrados e mantidos dentro de casa à noite. “Eles não vão em outras residências, dão apenas uma volta e retornam para casa. Eles não incomodam ninguém. Nada justifica o que fizeram com eles. É muita crueldade. Vamos até o final com as investigações para descobrir quem fez esse crime”, finalizou.
Casos como o relatado por Nayara se enquadram na Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal nº 9.605, de 13 de fevereiro de 1998). O artigo 32 prevê como crime ambiental a prática de abuso, maus-tratos, ferimentos ou mutilações contra animais silvestres, domésticos ou domesticados, sejam eles nativos ou exóticos.
Além disso, a venda de substâncias como o chumbinho, frequentemente usadas nesses casos de envenenamento, configura crime contra a saúde pública, conforme o artigo 273, parágrafo 1°-B, incisos I e IV do Código Penal.
O método mais comum de envenenamento, segundo especialistas, consiste em aproveitar a fome dos animais para oferecer alimentos e água contaminados com raticidas, inseticidas, herbicidas ou substâncias corrosivas. A ingestão provoca uma morte lenta, dolorosa e sem chance de defesa para os bichos.
Quem tiver informações sobre este caso ou qualquer situação de maus-tratos contra animais pode fazer denúncias anônimas por meio dos telefones 190 (Polícia Militar) ou 181 (Polícia Civil). A participação da comunidade é fundamental para identificar e punir os responsáveis.
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