Rudson de Souza Publisher do OBemdito

Profissional de Umuarama se destaca na SAF do Cianorte e relembra experiência em Copa do Mundo

Guilherme Parro, de 33 anos, foi Team Liaison Officer (TLO) na Federação Internacional de Futebol (FIFA) (Foto arquivo pessoal)
Profissional de Umuarama se destaca na SAF do Cianorte e relembra experiência em Copa do Mundo
Rudson de Souza - OBemdito
Publicado em 24 de abril de 2025 às 20h03 - Modificado em 25 de abril de 2025 às 07h47

O gol marcado no último sábado (19) logo no início do segundo tempo e anotado de cabeça pelo atacante Caíque Cálito, do Cianorte Futebol Clube, na estreia da Série D do Campeonato Brasileiro, demostra o bom trabalho que a equipe, que é uma SAF – um modelo especial de constituição de empresas voltada para o futebol no Brasil e que no caso é gerido por um grupo sul–coreano – tem feito por seus profissionais.

O que poucos sabem é que entre esses profissionais de destaque, temos o orgulho de ter um umuaramense. Guilherme Parro, de 33 anos, atua como assessor de imprensa,
social media e apresentador no Cianorte Futebol Clube SAF desde 2024. Porém, o trabalho do umuaramense vai além das redes sociais e de comunicação do Leão do Vale.

O bacharel em Educação Física e Pós em Futsal e Futebol, tem Licença C pela CBF Academy e curso de liderança pelo Real Madrid, além de ser tradutor de inglês, francês e espanhol. O profissional também passou pela Associação de Futsal de Umuarama (AFSU) como supervisor do Umuarama Futsal Feminino em 2022 e 2023.

Esporte no sangue da família

Parro foi influenciado pelo DNA esportivo da família: “Meus pais foram atletas, minha mãe jogou basquete e meu pai handebol em uma época em que os Jogos Abertos e da Juventude tinham relevância bem significativa para o esporte. Enfim, está no sangue da família, meu tio Edgel Parro, por exemplo, jogou voleibol profissional paulista pelo Osvaldo Cruz e Presidente Prudente”.

Copa de 1998

Uma mãozinha do destino uniu o incentivo esportivo familiar ao mistério de ser professor e amante da geografia. “A Copa da França de 1998 foi o primeiro evento esportivo que me marcou. Foi ali que abri meus olhos, eu já gostava de geografia, nossa, foi sensacional com a presença de países diferentes como a Tunísia”

Na época existia somente o atlas, e seu pai mostrava os locais onde ficavam os países participantes. E, memória é algo que não trai Parro, aliás, prova o amor pelo esporte: “A Tunísia ficava no grupo G junto com Inglaterra, Colômbia e Romênia”, lembrou como se fosse hoje, durante entrevista ao OBemdito,

E disse mais: “Não tinha dessa de ser criança, meu pai me acordava de madrugada para ver as disputas da Olimpíada em 2000, na Austrália. Lembro que foi lá a última grande participação do basquetebol feminino brasileiro”.

Uma das maiores experiências, para o resto da vida

Parro foi Team Liaison Officer (TLO) na Federação Internacional de Futebol (FIFA) – que é um profissional que atua como ponto de contato principal entre a equipe de um país participante, a FIFA e o Comitê Organizador Local (LOC) de um torneio, como a Copa do Mundo, que no caso foi a Sub-17, em 2019, no Brasil.

A cargo do umuaramense ficou praticamente administrar, cuidar e resolver qualquer problema da Seleção do Haiti a partir de um convite estruturado em sua capacidade de falar vários idiomas.

“Por questão ética não vou colocar aqui números financeiros, mas eventos como a Copa do Mundo são geridos em cima de muitos gastos que estão distantes do que realmente vemos no que é investido no esporte profissional em geral. Claro, é um evento mundial, requer suprir hábitos, segurança, porém, o abismo é grande”, revela.

Relação de amor

A Seleção do Haiti dividiu o mesmo hotel com a Seleção da França. “Enquanto alguns jogadores europeus eram da base do Lyon e PSG, por exemplo, a do Haiti não tinham nem andado de escada rolante. Então, foi prazeroso atuar junto com esses garotos, ajudando, dando esperança para eles de que o esporte é um caminho para um futuro melhor visto a situação de seu país”.

Haiti

A situação do Haiti é marcada por uma grave crise humanitária, política e social que se intensificou nos últimos anos. O país, considerado o mais pobre das Américas, enfrenta uma combinação de instabilidade política crônica, colapso das instituições estatais, violência extrema e insegurança alimentar.

A ausência de um governo funcional desde a morte do presidente Jovenel Moïse, assassinado em 2021, agravou o cenário. Desde então, o país tem sido controlado, em muitas áreas, por gangues armadas que impõem o terror à população, bloqueiam o acesso a serviços básicos e desafiam o controle das forças de segurança.

Próximo desafio do filho da Capital da Amizade

Parro trabalha atualmente pelo sonho de ver o Cianorte Futebol Clube SAF conquistar a Série D do Campeonato Brasileiro. Representa mais do que uma simples ambição esportiva; é a materialização do desejo de uma cidade que respira futebol e busca seu espaço no cenário nacional.

“O clube, que já participou da Série D em outras ocasiões, busca agora superar suas melhores campanhas anteriores e alcançar o tão sonhado acesso à Série C. Com uma equipe comprometida e o apoio fervoroso da torcida, o Cianorte Futebol Clube SAF trabalha para transformar esse sonho em realidade, consolidando-se como uma força emergente no futebol brasileiro”, conclui o umuaramense.

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Guilherme Parro, de 33 anos, atua como assessor de imprensa, social media e apresentador no Cianorte Futebol Clube SAF desde 2024

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