Brasil

Virgínia Fonseca ganha quantias milionárias quando seguidores perdem aposta online

Ela é conhecida por se presentear com mimos que um reles mortal demoraria a vida inteira para pagar. A influenciadora digital Virgínia Fonseca encontra-se no centro de discussões sobre a ética na promoção de casas de apostas. Uma reportagem da revista Piauí, publicada no sábado (4), lança luz sobre os vultosos contratos firmados pela moça, que suscitam questões sobre a legitimidade de tais acordos.

A matéria desvenda cláusulas do contrato de Virgínia com a plataforma Esportes da Sorte, apelidado como “cachê da desgraça”. Estabelecido em dezembro de 2022, o acordo prevê que a nora do cantor Leonardo receba 30% dos valores perdidos por apostadores, além de um adiantamento de R$ 50 milhões. Quando mais gente perdendo, maior o faturamento da influenciadora.

Com uma base de mais de 52 milhões de seguidores no Instagram, ela mostrou seu poder de persuasão ao trazer 120 mil novos apostadores com a publicação de um único story, segundo a reportagem.

Campanhas alvo de críticas

Atualmente, Virgínia tem um contrato anual de R$ 29 milhões com outra casa de apostas, a Blaze. Em 2023, a empresa enfrentou críticas devido às suas campanhas envolvendo o youtuber Felipe Neto. Mesmo diante dos debates sobre a promoção de jogos de azar, Virgínia permanece como uma das principais influenciadoras do setor.

Influenciadores têm um alcance vasto nas redes sociais, especialmente entre jovens. Este poder de persuasão levanta questões sobre a responsabilidade que têm ao promover atividades de risco. Enquanto algumas personalidades, como Ivete Sangalo e Taís Araújo, recusam essas parcerias, muitas outras continuam a lucrar significativamente, perpetuando um ciclo de comportamento de risc

Crescimento do mercado de apostas

A lista de celebridades associadas a essas plataformas continua a se expandir: Carlinhos Maia fatura R$ 40 milhões anuais com a Blaze; Cauã Reymond, R$ 22 milhões com a Bateu Bet; e David Brazil, além de ter um apartamento reformado, firmou um contrato de R$ 200 mil mensais com a Pixbet.

Necessidade de Regulamentação

A falta de regulamentação rigorosa sobre a promoção de jogos de azar nas redes sociais é uma preocupação crescente. Especialistas defendem que uma abordagem mais transparente e informativa é essencial para proteger consumidores vulneráveis. Educadores e legisladores pressionam por regras que exijam clareza nas condições das apostas e divulgação dos riscos envolvidos.

Leonardo Revesso

Graduado em Direito pela Unipar, mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP e especializando em Neurociência do Consumo pela ESPM. Tutor da Olívia, da Ludi e da Mila. Está no jornalismo há 27 anos (iniciou aos 15). No OBemdito escreve sobre política e consumo.

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