Rio contaminado por ácido sulfúrico impede avanço nas buscas após queda de ponte

Um possível vazamento de ácido sulfúrico, transportado por um caminhão-tanque, está dificultando as buscas pelos desaparecidos após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conecta os municípios de Aguiarnópolis, no Tocantins, e Estreito, no Maranhão. A suspeita de contaminação da água suspendeu temporariamente os trabalhos de mergulho. Enquanto isso, as buscas por embarcações prosseguem nesta segunda-feira (23).

Duas mortes foram confirmadas até agora. Entre as vítimas estão uma mulher de 25 anos, moradora de Aguiarnópolis, e um homem de 36 anos, cujas identidades não foram divulgadas. Pelo menos 14 pessoas seguem desaparecidas, incluindo crianças, um mototaxista com uma passageira, além de motoristas de outros veículos. Um homem foi resgatado com ferimentos durante o incidente e levado ao hospital para atendimento.

Vídeos compartilhados nas redes sociais registraram o momento em que parte da estrutura da ponte JK, inaugurada na década de 1960, desabou. Motoristas que transitavam pelo local foram arrastados para o rio. Um vereador, que gravava um vídeo para denunciar a precariedade da ponte e cobrar melhorias, registrou o colapso e conseguiu escapar ao sair correndo.

De acordo com o Corpo de Bombeiros de Estreito, duas carretas caíram junto com a ponte e permanecem submersas. Ainda não há informações precisas sobre o número de pessoas que estavam nesses veículos. Um carro de passeio também está submerso; nesse caso, havia duas pessoas no veículo, mas uma conseguiu se salvar. Além disso, uma moto foi arrastada com o desabamento, resultando na morte de uma pessoa.

A Polícia Rodoviária Federal do Maranhão informou que o desabamento ocorreu por volta das 14h50 deste domingo (22) e comprometeu dois trechos da estrutura, isolando a ligação entre os estados do Tocantins e Maranhão. A ponte, com 533 metros de extensão, está localizada na rodovia BR-226, importante via que conecta Belém a Brasília.

As autoridades seguem mobilizadas para resolver a situação, enquanto equipes de engenharia avaliam os danos estruturais e o impacto ambiental causado pelo possível vazamento químico.

(Com informações RIC)