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Avó de gêmeos de 1 ano atingidos com spray de pimenta em Mariluz relata situação

Meninos foram levados ao Pronto Atendimento e liberados em seguida

Foto ilustrativa: Danilo Martins/OBemdito
Foto ilustrativa: Danilo Martins/OBemdito
Avó de gêmeos de 1 ano atingidos com spray de pimenta em Mariluz relata situação
Redação - OBemdito
Publicado em 6 de outubro de 2024 às 15h28 - Modificado em 6 de outubro de 2024 às 15h50
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“Eu estava com meu filho e meus netos de um aninho na calçada, vendo a carreata passar. De repente, começou a confusão, a polícia jogou um negócio e acabou atingindo os meninos, que estavam no carrinho. Nós pegamos eles e saímos depressa. Um dos bebês chegou a cair de rosto no chão. Eles gritavam e, fomos ver, estavam com a pele muito vermelha, parecendo de queimadura”.

O relato é da avó dos gêmeos atingidos por spray de pimenta durante a carreata do prefeito Paulo Armando da Silva Alves, no início da noite deste sábado (5/10), em Mariluz.

A mulher acrescentou: “Assim que vimos as crianças naquela situação, e a gente também com o braço ardendo, procuramos ajuda de uma pessoa que nos levou até o Pronto Atendimento. Lá, os bebês foram atendidos por uma moça, chamada Ivoneide, e por um médico, que não lembro o nome. Ele fez a consulta, fez uma limpeza e pediu para voltarmos para casa. Hoje as crianças estão bem”.

Em nota à imprensa, a Polícia Militar afirmou que “em conversa com o médico de plantão do município, (este informou que) não existiu nenhum paciente que deu entrada no local com lesões provenientes da ação policial”. Exatamente essa parte da nota foi usada pela assessoria de Paulo Alves para intimidar OBemdito na manhã deste domingo.

 “Dado os ocorridos em nota (divulgada) pela Polícia Militar na manhã deste domingo, pedimos a retratação das informações postadas por este site de notícias, em razão da realidade dos fatos publicada pela autoridade policial. Em caso de não retratação, acionaremos o jurídico para medidas judiciais cabíveis”.

Curiosamente, o assessor disse que não autorizaria print da conversa, somente as informações.

Versão da Polícia

Na mesma nota, a Polícia Militar afirmou que estava cumprindo o seu papel, uma vez acionada pela Justiça Eleitoral, e que agiu pacificamente para restabelecer a segurança no local, o que aconteceu após o uso do spray. O objetivo era evitar conflitos entre os dois grupos políticos da cidade. Ambos queriam fazer carreata na mesma hora, o que poderia colocar a segurança das pessoas em risco.

A campanha de Paulo Alves informou ter feito o protocolo com o comunicado do ato com mais antecedência que a outra chapa, tendo, portanto, preferência, o que está dentro da legislação. A Polícia Militar afirmou também que havia pessoas fazendo gestos obscenos para o efetivo, que isso se deu várias vezes e que agiu em resposta, para retomar a ordem. Que em nenhum momento lançou o spray em direção às crianças, informação confirmada por pessoas ouvidas pelo OBemdito. A própria avó não culpa a polícia.

Ainda segundo a PM, o pai das crianças foi comunicado várias vezes para retirá-las do local, o que não ocorreu. Ainda segundo a corporação, o spray de pimenta não causa queimaduras. Duas mulheres foram detidas no calor da confusão.

‘Tostão contra milhão’

O candidato Nilson Cardoso lamentou o ocorrido: “É a campanha do tostão contra o milhão, onde quem tem dinheiro e o poder tem também os privilégios e a proteção da máquina pública”.

A carreata terminou com uma concentração próximo a um posto de combustíveis. Em vídeos publicados na internet, o prefeito e seu candidato a vice na reeleição aparecem dançando na carroceria de uma caminhonete, algo que também gerou crítica entre os opositores.

 “Se tivesse coração, o prefeito tinha terminado a carreata e procurado se informar sobre o que aconteceu. Preferiu ficar dançando”, disse uma dona de casa, que admite votar em Cardoso.

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