IAT resgata 35 aves em situação irregular em fiscalizações realizadas na região
Entre as espécies encontradas estão maritacas, canários-da-terra, colerinhas, papa-capins e trinca-ferros
O escritório regional do Instituto Água e Terra (IAT) de Umuarama intensificou fiscalizações em diversas cidades da região para identificar aves mantidas em situação irregular. Nas últimas duas semanas, cerca de 35 aves foram resgatadas em Cafezal do Sul, Francisco Alves e Brasilândia do Sul.
Entre as espécies encontradas estão maritacas, canários-da-terra, colerinhas, papa-capins, trinca-ferros e até exemplares de tico-tico, sabiá e tiziu, menos visados em operações desse tipo. As multas podem chegar a R$ 55 mil.
Vilson Simplício dos Santos, fiscal do IAT há 40 anos, detalhou o processo de resgate e reabilitação dessas aves. Segundo ele, algumas delas não podem ser soltas imediatamente, pois estão como asas cortadas ou ficaram em cativeiro por tempo prolongado. Essas aves precisam passar por um período de reabilitação no viveiro do IAT antes de serem devolvidas ao meio ambiente.
“A maioria dessas aves foi apreendida sem anilhas. As pessoas costumam capturar essas espécies no mato e criá-las de forma clandestina. Em alguns casos, encontramos aves com anilhas colocadas de maneira irregular, pois, ao conferirmos, elas estavam abertas”, explicou Vilson.
As ações, segundo o fiscal, têm contribuído para identificar irregularidades em outros municípios, como São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, Assis Chateaubriand, Palotina e Terra Roxa. Vilson explicou que, durante a operação, foi possível identificar um criador na região cujas irregularidades levaram à descoberta de problemas em outras cidades.
“Pássaros que deveriam estar em São José, por exemplo, foram encontrados aqui de maneira clandestina. Essas aves foram apreendidas e os criadores autuados. Tudo isso conseguimos identificar pelas anilhas que encontramos nos pássaros”, acrescentou.
A operação resultou na soltura de grande parte das aves resgatadas. Entretanto, aquelas que estavam muito mansas ou com mutilações, como as maritacas, estão em processo de reabilitação no IAT e serão reintroduzidas na natureza assim que possível.