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Pequenos produtores de Umuarama participam de capacitação sobre adubo Bokashi

Adubo orgânico de baixo custo de fabricação e alto valor agregado não agride o meio ambiente

Foto: Assessoria PMU
Foto: Assessoria PMU
Pequenos produtores de Umuarama participam de capacitação sobre adubo Bokashi
Redação - OBemdito
Publicado em 30 de agosto de 2024 às 20h40 - Modificado em 30 de agosto de 2024 às 20h41
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A prefeitura de Umuarama, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura, estabeleceu uma parceria com o IDR-PR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná) para realizar o curso ‘Produção de Bioinsumo Bokashi’, um adubo orgânico de baixo custo de fabricação e alto valor agregado, que não agride o meio ambiente.

Pequenos produtores rurais cadastrados em programas municipais de horticultura e fruticultura foram os convidados do evento, realizado na tarde de quinta-feira (29).

Os agricultores aprenderam na prática as formas de desenvolvimento do Bokashi, em palestras ministradas pelos engenheiros agrônomos do IDR-PR Antonio de Pádua Andrade Salvado e Gregory Frediani, que focaram no objetivo de disseminar seus conhecimentos sobre a fabricação do produto agrícola, capaz de promover melhorias nas condições de produção de hortifrútis.

“As práticas repassadas podem ser usadas nas propriedades rurais e também como oportunidade para o agricultor ser um fabricante do insumo, melhorando toda a cadeia produtiva rural e gerando desenvolvimento socioeconômico”, observou o secretário municipal de Meio Ambiente, Waltinho Sucupira.

O engenheiro agrônomo Antonio de Pádua Andrade Salvado, detalhou que o Bokashi é um produto agrícola de baixo custo, saudável para o produtor e consumidor e não agressivo ao meio ambiente, obtido a partir de uma mistura organomineral e vegetal fermentada com microrganismos eficazes (EM).

“Os ME são seres microscópicos, como bactérias e fungos, que vivem em solos férteis e em plantas. O principal objetivo de se utilizar o Bokashi é promover o equilíbrio biológico do solo”, explica Salvado.

Gregory Frediani detalhou que o equilíbrio biológico do solo melhora suas condições físicas (proporcionando a formação de agregados, aumentando a capacidade do solo armazenar água e drenar o excesso, minimizando os riscos da erosão), químicas (diminuindo as perdas por lixiviação e promovendo maior disponibilização de nutrientes a partir da fermentação da matéria orgânica disponibilizada pela adubação verde) e sanitárias (diminuição das populações de fitopatógenos do solo).

Já o engenheiro agrônomo Fabio Cesar Pereira Souza, da Secretaria Municipal de Agricultura, especifica que o Bokashi pode ser composto com misturão, farelo de soja, farelo de arroz, cama de frango, cinza, calcário, açúcar e microrganismos eficazes. “Este adubo também pode conter farelos de cereais, tortas de oleaginosas (como mamona ou soja), materiais de origem animal (como farinha de carne, osso e peixe), minerais e outros materiais vegetais (como palhas e cascas trituradas)”, conta.

Utilização

Esse produto orgânico, segundo Souza, é utilizado como inoculante no processo de decomposição da biomassa em pilhas de compostagem e misturado à matéria orgânica proveniente da adubação verde, promovendo, em ambos os casos, a fermentação da matéria orgânica e a disponibilização dos nutrientes para as plantas cultivadas. “Recomenda-se utilizar até 1.000 kg de Bokashi por hectare no preparo do solo, após a incorporação da adubação verde e até 200 g em canteiros”, indica.

O agrônomo acrescenta que todos os participantes do curso desta quinta-feira – que foi realizado da Fazendinha do IDR-PR no Parque de Exposições Dario Pimenta Nóbrega – ganharam um kit de Bokashi contendo um balde com 20 kg do produto, dois litros de bokashi líquido e mais 200 ml de EM (Microorganismos eficazes).

“Produtores de hortaliças, frutíferas ou plantas em vasos que tiverem interesse neste produto, podem buscar por mais informações na Secretaria da Agricultura ou no IDR-PR”, finaliza.

(Assessoria PMU)

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