PF divulga avanço nas negociações dos conflitos fundiários indígenas em Terra Roxa
Neste sábado aconteceu uma reunião envolvendo a Polícia Federal, a Funai e lideranças indígenas
Neste sábado (3) aconteceu uma reunião envolvendo a Polícia Federal (PF), a Funai e parte das lideranças indígenas de Terra Roxa. O assunto foi a saída de um grupo que está ocupando uma propriedade rural no município.
De acordo com a PF, as negociações que podem dar fim aos conflitos na região começaram de forma positiva. “Ficou inicialmente acordado que as ampliações ou quaisquer ações violentas cessariam imediatamente e que seria feito um cadastramento de todos os ocupantes”, divulgou a Polícia Federal.
A PF e a Funai assumiram o compromisso de realizar um cadastro nas ocupações e de acompanhar de perto o processo de aquisição e distribuição de terras por parte da Itaipu.
“As conversas continuarão na próxima semana com a finalidade de ajustar detalhes e fazer com que essa pacificação que se inicia possa ser duradoura”, finalizou a nota da PF.
NEGOCIAÇÕES
A ocupação em Terra Roxa começou no dia 7 de julho. Uma área no município de Guaíra também foi invadida. Os ocupantes buscam uma solução definitiva para a questão que envolve o repasse de terras para a comunidade indígena.
Conforme a PF, os indígenas clamam por direitos que foram feridos por ocasião do alagamento de terras gerado pela instalação da usina de Itaipu. Por outro lado, pessoas que adquiriram terras de boa-fé estão tendo grandes prejuízos.
Visando solucionar o conflito, uma equipe de negociadores experientes e especializados da Polícia Federal está na região para intermediar o diálogo entre os envolvidos, que são os indígenas, os proprietários de terras e a Itaipu. O escritório regional da Funai também acompanha toda a situação.
Na noite de sexta-feira (2) a PF divulgou que a atual gestão da Itaipu Binacional, mesmo antes de decisão judicial e de forma proativa, resolveu adquirir propriedades na região e disponibilizá-las aos indígenas como forma de reparação àqueles que tiveram terras alagadas à época do início do funcionamento da usina.
Diversas reuniões com as partes interessadas estão sendo feitas e a solução passa, em grande parte, pela contribuição dos indígenas no sentido do desocupar as áreas invadidas.
(Informações: Assessoria da PF/Guaíra e OBemdito)