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Mulher que matou e queimou corpo de advogado é condenada a 16 anos de prisão

O fato de o corpo ter sido queimado impossibilitou que a causa da morte fosse devidamente identificada

Mulher que matou e queimou corpo de advogado é condenada a 16 anos de prisão
Redação - OBemdito
Publicado em 12 de julho de 2024 às 11h51 - Modificado em 20 de maio de 2025 às 06h52

A ré, Alessandra Paulo Melo Mareze, foi condenada a 16 anos de prisão pelos crimes de homicídio simples, ocultação de cadáver e corrupção de menores. Ele matou matou o advogado Alceu Preisner Junior, em janeiro de 2022.

Foragida e sem monitoramento por tornozeleira eletrônica, Alessandra foi presa na última quinta-feira (12), após um mandado de prisão ser expedido no dia 10 de julho. O Tribunal do Júri que decretou a condenação de Alessandra ocorreu no dia 16 de maio de 2024.

A sentença proferida pelo juiz Marcelo Carneval detalha a conduta da mulher. De acordo com o documento, o crime aconteceu durante a madrugada na residência de Alessandra, em um ambiente de uso de drogas. O advogado foi convidado por Alessandra para ir até sua casa e, no local, recebeu uma facada no abdômen. As circunstâncias do crime foram consideradas “muito gravosas” pelo juiz.

Pelo crime de homicídio simples, Alessandra teve uma redução de pena por ter confessado: a sentença caiu de 15 anos para 12 anos e 6 meses. No entanto, os outros crimes cometidos aumentaram a pena. O processo de ocultação de cadáver foi determinante no julgamento. No despacho, o juiz detalhou a ação de Alessandra após desferir a facada contra Alceu.

“Ora, após a prática do crime doloso contra a vida, a ré planejou de forma pormenorizada a ocultação/destruição do cadáver, de modo que carregou o corpo da vítima até local ermo, onde queimou o carro e o cadáver. Portanto, a premeditação e o modus operandi revelam o plus no dolo”.

O fato de o corpo ter sido queimado impossibilitou que a causa da morte fosse devidamente identificada pelos exames de necropsia. No documento, o juiz cita que, se Alceu estivesse vivo no momento da ocultação, seria aplicada uma qualificadora no homicídio.

“(…) em razão da destruição do cadáver, não se apurou a real causa mortis do homicídio, se a vítima ainda estava viva ou não no momento em que foi ateado fogo no carro, o que desaguaria na procedência de qualificadora”.

Por fim, o fato de Alessandra ter contado com a ajuda da filha adolescente para ocultar o cadáver incluiu o crime de corrupção de menores na sentença. Assim, ela foi condenada a 16 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, e ao pagamento de dez dias-multa.

O advogado Luciano Katarinhuk, que representou a família de Alceu neste caso, manifestou-se após o cumprimento do mandado de prisão. “Isso traz um pouco de alívio à família, porque depois de dois anos e seis meses, eles veem a assassina presa. Não traz a vida de Alceu de volta, mas traz uma sensação de Justiça”, comentou.

(Com informações Catve)

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