O arquiteto Cláudio Roberto Vieira, diante da vitrola que restaurou: a 'queridinha' faz parte da decoração da sala. Foto: Graça Milanez

Umuarama

Rodeado de relíquias, arquiteto une hobby à prestação de serviço de restauração

Ele passa horas em sua oficina “ressuscitando” rádio, toca-discos, vitrola e outros aparelhos nostálgicos; o que era um passatempo, virou fonte extra de renda

O arquiteto Cláudio Roberto Vieira, diante da vitrola que restaurou: a 'queridinha' faz parte da decoração da sala. Foto: Graça Milanez
Rodeado de relíquias, arquiteto une hobby à prestação de serviço de restauração
Graça Milanez
OBemdito
23 de abril de 2024 18h21

Decorada com toque vintage. Assim é a sala de estar da casa do arquiteto Cláudio Roberto Vieira, 53 anos. No centro da atenção estão uma vitrola e cinco rádios, de modelos cobiçados por colecionadores. Todos expostos com o cuidado e o brilho que merecem. E funcionando, já que foram restaurados. Cláudio entende da arte de “ressuscitar” aparelhos antigos e fez do hobby um jeito de empreender, oferecendo serviço de conserto.

Assim, durante a semana, divide seu tempo entre o escritório de arquitetura e a oficina de restauração. “Comecei com os que coleciono, como hobby, e gostei; como sei que há muitas pessoas como eu, fascinadas por objetos antigos, mas que não sabem consertar, vi uma oportunidade de oferecer o serviço e cá estou, cheio de encomendas”, conta Cláudio, que é natural de Terra Roxa.

Trata-se de um trabalho habilidoso, que, segundo ele, combina com sua profissão. “Restauração tem tudo a ver com arquitetura”, exclama, acrescentando que desde a adolescência se interessa por eletrônica. “Sempre busquei muito conhecimento nesse setor, já tive na juventude uma oficina de consertos lá em Terra Roxa, que montei com meu trabalho; foi meu ‘primeiro emprego’, o que despertou em mim essa habilidade”.

Na fase de aprendizagem, a mãe “acobertou” o interesse do menino: “Escondida do meu pai, ela comprava apostilas para eu estudar; chegavam pelo correio… Minha família era humilde e gastar com livros, para o meu pai, não era prioridade! Eu ficava feliz e aproveitava a chance… Ficava horas compenetrado! Posso dizer que fui autodidata nessa área”.

Cláudio, em sua oficina: serviço tem bastante!

Cláudio tocou a oficina até resolver vir para Umuarama, em 1994. Tinha 23 anos. “Aqui abri outra oficina, mas agora de som e alarme; preparava os carros para competições… Era ‘moda’, na época, ter som superpotente no carro e, para mim, isso foi bom! Fiquei 14 anos nesse ramo até concluir a faculdade de arquitetura, que iniciei com 33 anos”.

Depois que se formou, em 2008, passou a se dedicar somente ao escritório de arquitetura. “Abandonei os consertos… Mas senti saudade, e por isso retorno ao exercício pleno dessa habilidade que amo e que me gera uma renda, fazendo o que gosto, e, claro, conciliando a restauração e a arquitetura, que amo de paixão, também”.

Este rádio ficou ‘perfeito’ depois que passou pelas mãos hábeis do arquiteto

Entre os aparelhos mais comuns que chegam para o conserto estão os rádios, genuínos, cheios de charme. Cláudio se encarrega de todos os detalhes, por dentro [parte funcional] e por fora [estética]. Peças que faltam, compra pela internet. “Não é tão fácil encontrar, mas a gente sempre encontra”, afirma, dizendo que dá prazer ajudar os amantes de antiguidades a reviverem seus momentos nostálgicos.  “É uma experiência estimulante!”, arremata. Para contratar o serviço envie mensagem para 9 9985 6761

Puro charme: coleção de rádios também faz parte da decoração da sala
Cláudio começou a desenvolver habilidades para restauração ainda na adolescência
 Na fila estão vários aparelhos à espera de conserto
Uma ‘tevezinha’ portátil está entre outros aparelhos que aguardam restauração
Etapa número um: assim estava a vitrola que enfeita a sala do arquiteto
Na garagem: Cláudio e o seu fliperama, devidamente restaurado
Participe do nosso grupo no WhatsApp e receba as notícias do OBemdito em primeira mão.