Novos indícios colhidos pela Polícia fecham ainda mais o cerco contra Jean Michel
Empresário está preso como o principal suspeito das mortes da esposa, do sogro e da sogra, no último domingo
Novas evidências encontradas no sobrado da avenida São Paulo, centro de Umuarama, levam a Polícia Civil a dar mais peso à possibilidade de que o crime no local tenha sido premeditado, no mínimo, algumas há algumas horas do ocorrido.
Antonio Soares dos Santos, 65, a mulher dele, Helena Marra dos Santos, 59, e a filha, a advogada Jaqueline Soares dos Santos, 39, foram encontrados mortos a facadas na manhã da última segunda-feira (9), pela empregada da família.
Em uma nova varredura, nesta quarta-feira (11), foi possível encontrar pingos de sangue em uma escada externa, que dá acesso ao piso superior da casa. Segundo o delegado-chefe Osnildo Carneiro Lemes, é um acesso secundário, que somente quem conhece a residência poderia saber.
Conforme o delegado, não há dúvidas de que o matador usou essa escada para chegar a Jaqueline, encontrada caída na banheira de um dos quartos da área de cima do imóvel. Fica cada vez mais fática a ideia de que Antonio e Helena tenham sido mortos primeiro, e a advogada por último.
O assassino teria se lavado nos fundos da casa, com a mangueira de água utilizada na limpeza do quintal. “Aparentemente, o criminoso se lavou e depois usou um rodinho para puxar a água para um ralo que há na área de serviço”, afirmou. Há manchas no rodinho e a perícia vai detectar se elas são de sangue.
Os peritos da Criminalística já haviam encontrado uma pegada de chinelo sobre uma mancha de sangue no interior da residência. Seria o mesmo calçado usado por Jean Michel de Souza, no dia em que o crime foi cometido, na noite de domingo (8).
Os novos indícios de que os crimes tenham sido cometidos por uma pessoa próxima da família, que conhece em detalhes o interior do sobrado, fecham ainda mais o cerco contra o empresário Jean Michel de Souza, preso como principal suspeito. Ele nega.
Vestígios de sangue também foram descobertos no carro e em roupas usadas pelo empresário no dia do crime.
O empresário esteve no local do crime no início da tarde e teria voltado à noite. Uma das linhas de raciocínio, é que ele entrado em forte discussão com os sogros ou a esposa nesse momento e regressado mais tarde. As mortes aconteceram por volta das 22h, conforme as primeiras investigações.
A mãe de Jean disse que ele deixou a casa dela no domingo à noite e que voltaria ao endereço da esposa. O empresário não levou o celular, o que para a investigação demonstra de que ele não queria ser rastreado pelo GPS do aparelho e já poderia estar pensando em cometer algo bárbaro.
Pelas informações juntadas até o momento, a polícia mantém o pensamento de que o assassino, seja ele quem for, tenha agido sozinho, mas essa versão ainda pode mudar, porque o trabalho da polícia ainda não foi concluído.
Jean não vivia sob o mesmo teto com esposa, mas mantinha convívio com ela. Os dois planejavam se mudar para um apartamento, longe dos pais de Jaqueline, com quem ele não se dava bem, de acordo com relatos de pessoas próximas do casal.
(Com informações do Umuarama Ilustrado)
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