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Umuarama

Segundo dia do júri de Jean Michel termina com investigador da Polícia Civil sendo ouvido

O Tribunal do Júri será retomado às 8h de sábado, quando mais testemunhas serão inquiridas

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Segundo dia do júri de Jean Michel termina com investigador da Polícia Civil sendo ouvido
Jaqueline Mocelin
OBemdito
1 de março de 2024 22h23

Foi finalizado por volta das 21h desta sexta-feira (1º/3) o segundo dia de julgamento de Jean Michel de Souza Barros. O Tribunal do Júri acontece no Fórum de Umuarama. O réu é acusado de cometer triplo homicídio no dia 8 de agosto de 2021, em uma residência na avenida São Paulo, perto da praça do Japão.

As vítimas foram a advogada Jaqueline Soares, 39 anos (esposa do réu), e os pais dela, Helena Marra, 59 anos, e Antônio Soares dos Santos, 65 anos. Os três foram assassinados com golpes de faca. Os corpos foram localizados apenas na manhã do dia seguinte (9/8/2021) pela funcionária da casa, no momento em que ela chegou para trabalhar.

Nesta sexta-feira foram ouvidas três testemunhas: o superintendente da 7ª Subdivisão Policial, Aécio Silveira dos Santos Filho e os investigadores do Grupo de Diligências Especiais (GDE) da Polícia Civil, Everson Angelo Gasparotto Lessa e Helder Rafael Custódio.

Após isso, foram encerrados os trabalhos do dia e a sessão será retomada às 8h de sábado (2/3). O júri é conduzido pelo juiz de Direito da 1ª Vara Criminal de Umuarama, Adriano Cezar Moreira.

TERCEIRA TESTEMUNHA

O investigador do Grupo de Diligências Especiais (GDE) da Polícia Civil, Helder Rafael Custódio, foi a última testemunha a ser inquirida na sexta-feira. Inicialmente a acusação (que cabe ao Ministério Público) fez os questionamentos a respeito dos fatos que envolvem o triplo homicídio e como funcionou o trabalho policial.

Helder relatou os acontecimentos logo após a descoberta dos crimes. Ele também abordou a investigação relacionada com os vídeos de câmeras de monitoramento coletados pelos policiais, que foram utilizados para verificar um automóvel Astra (que tem propriedade atribuída ao réu).

Através das imagens foi traçado um percurso feito no dia do triplo homicídio, que indica que o veículo saiu da rua Bahia, nas proximidades do imóvel onde as vítimas residiam, e seguiu até o local onde foram localizados os celulares do casal assassinado. Os aparelhos foram dispensados dentro de um bueiro na rua Floraí, perto da esquina com a avenida Governador Parigot de Souza.

O investigador destacou a rota que foi encontrada através do aplicativo do Google no celular de Jean Michel, que aponta os locais onde ele caminhou e trafegou com o carro. Confrontando os dados das câmeras de segurança e do celular, os investigadores verificaram que o acusado realmente foi o responsável por dispensar os celulares de duas vítimas.

A defesa do réu novamente focou parte dos questionamentos no vídeo e na falta de 10 segundos entre dois trechos das imagens. Conforme os advogados, este fator interfere diretamente no caso e, talvez, poderia servir para comprovar quem realmente teria jogado os aparelhos no bueiro.

A equipe de advogados contratados por Jean Michel também questionou aspectos de como funcionou o trabalho dos policiais, tanto na perícia, quanto na elaboração dos documentos do inquérito. Helder explicou todos os fatos do trabalho que lhe cabiam na ocasião.

O réu Jean Michel no Tribunal do Júri nesta sexta-feira – Foto: Colaboração OBemdito
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