Julgamento de Jean Michel segue com questionamentos à quarta testemunha

O julgamento de Jean Michel de Souza Barros segue acontecendo em Umuarama nesta sexta-feira (1º/3). Por volta das 16h foi finalizada a inquirição da terceira testemunha, o superintendente da 7ª Subdivisão Policial, Aécio Silveira dos Santos Filho. Pouco depois tiveram início os questionamentos ao investigador do Grupo de Diligências Especiais (GDE) da Polícia Civil, Everson Angelo Gasparotto Lessa.

Gasparotto, como é conhecido, foi um dos policiais que esteve no local onde ocorreu o triplo homicídio – um sobrado na avenida São Paulo, perto da praça do Japão. Inicialmente os membros do Ministério Público realizaram suas perguntas à testemunha, que explicou que foi acionado junto com outros investigadores para ir até a residência onde os crimes aconteceram logo após a descoberta dos corpos.

Os policiais chegaram e encontraram duas vítimas na parte de baixo do imóvel. Depois subiram as escadas e encontraram o terceiro corpo. A advogada Jaqueline Soares, 39 anos (esposa do réu), e os pais dela, Helena Marra, 59 anos, e Antônio Soares dos Santos, 65 anos foram assassinados com golpes de faca. O triplo homicídio aconteceu no dia 8 de agosto de 2021.

Conforme a testemunha, a equipe policial fez uma varredura na casa para analisar a hipótese de roubo e em busca de provas e indícios para posterior investigação.

Gasparotto explicou que, quando estavam no cômodo onde Jaqueline foi encontrada, um celular tocou. O investigador encontrou o celular em um nicho ao lado do guarda-roupa, no alto. A testemunha informou que Jean teria ligado.

O policial falou que tinha que conversar com ele para avisá-lo dos crimes e Jean o chamou para ir até a loja Linha e Carretel (empreendimento da família localizado no entorno da praça Miguel Rossafa). Os policiais chegaram na empresa e havia duas clientes. Eles aguardaram um pouco e depois conversaram com Jean, momento em que falaram que sua esposa e o casal de sogros estavam mortos.

Gasparotto considerou muito estranha a reação de Jean, que não teria esboçado sentimento diante do fato. Ele ainda teria comentado com os policiais que sua mãe tinha avisado por policiais que havia acontecido algo na casa da família.

O investigador ressaltou que até aquele momento Jean Michel não era tratado como suspeito, mas sim como um colaborador, por ser mais próximo da família. Somente quando Jean foi conduzido para a Delegacia para a coleta de informações e teria entrado em contradição, foi que ele passou a ser suspeito. Jean disse aos policiais que saiu a pé na noite de domingo, porém, a investigação apontou que ele saiu de carro.

Após responder outros questionamentos da acusação, Gasparotto passou a responder a inquirição da defesa de Jean Michel. Os advogados fizeram perguntas sobre o local do crime, os momentos em que o investigador esteve com Jean Michel e sobre o vídeo que consta no relatório apresentado pela Polícia Civil, resultante do inquérito.

Por volta das 17h30 a testemunha continuava a ser ouvida. Ainda não há hora para a finalização do Tribunal do Júri nesta sexta. Os trabalhos devem seguir durante todo o dia no sábado (2/3), a partir das 9h e há possibilidade de se estender por mais dias.

ANÁLISE

Logo após a inquirição de Aécio Silveira dos Santos Filho, OBemdito conversou rapidamente com o promotor de Justiça Marco Felipe Torres Castello, que representa o Ministério Público, e o advogado Adriano Bretas, responsável pela defesa do acusado.

O promotor Marco Felipe Torres Castello afirmou que os integrantes da acusação estão bem tranquilos em relação as provas e que o juiz, Dr. Adriano Cezar Moreira, está conduzindo o julgamento com muita serenidade.

O advogado Adriano Bretas gravou uma entrevista. Confira abaixo:

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