Foto: Albari Rosa/AEN

Saúde

Procedimento de captação de órgãos é realizado pelo Hospital Cemil de Umuarama

Para se tornar um doador de órgãos e tecidos, o primeiro passo é expressar esse desejo à família

Foto: Albari Rosa/AEN
Procedimento de captação de órgãos é realizado pelo Hospital Cemil de Umuarama
Redação
OBemdito
3 de janeiro de 2024 09h19

O Hospital Cemil realizou a captação de múltiplos órgãos, na manhã desta segunda-feira (1º), de um paciente que estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), após a confirmação de morte encefálica. Neste procedimento o paciente já havia manifestado seu desejo à família que após receber todas as informações e esclarecimentos fornecidos pela Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos (Cihdott), concedeu autorização para a doação.

A doação de órgãos e tecidos é efetivada mediante a confirmação da morte encefálica de um paciente na UTI. Esse processo se dá após a liberação da Central Estadual de Transplante do Paraná (Cet-PR), requerendo a autorização expressa e consensual da família.

A morte encefálica corresponde ao falecimento do cérebro (encéfalo) em todas as suas partes, incluindo o tronco cerebral, responsável pelo controle da respiração, batimentos cardíacos e temperatura corporal. Portanto, tanto para profissionais da saúde quanto para a lei, a morte encefálica configura o óbito do indivíduo.

Representantes da Cihdott do hospital salientaram que a doação de órgãos e tecidos constitui um direito do paciente e de seus familiares. Também enfatizaram que a unidade hospitalar se compromete a informar e esclarecer todas as dúvidas referentes a esse direito e ao processo de doação.

Para se tornar um doador de órgãos e tecidos, o primeiro passo é expressar esse desejo à família. Não há documento ou declaração em vida que sobreponha a vontade dos familiares. Os familiares aptos a autorizar a doação são os pais, filhos, avós, netos, irmãos e cônjuges (ou companheiros em união estável).

Qualquer pessoa que venha a falecer por morte encefálica e com autorização familiar pode ser doadora. Apenas algumas doenças, como certos tipos de câncer e o HIV, impedem a doação.

Diversos órgãos e tecidos podem ser doados, tais como pulmão, pâncreas, vasos sanguíneos, ossos, intestino, ossículos do ouvido, pele, coração, válvulas cardíacas, córneas, medula óssea, fígado, rins, tendões e meninges.

É viável realizar doações em vida. Alguns órgãos ou tecidos podem ser doados enquanto o doador está vivo, sem prejudicar sua saúde. No Brasil, a doação entre vivos é permitida apenas entre parentes até o quarto grau ou cônjuges.

Isso pode incluir a doação de um órgão duplo, como o rim, uma parte de um órgão, como o fígado, pâncreas ou pulmão, ou ainda, de um tecido, como a medula óssea. A doação entre vivos só é realizada se não representar nenhum problema de saúde para a pessoa doadora.

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