Adolescente que sofria bullying atira contra três colegas de turma em Sobral
Um dos jovens foi atingido na cabeça e está internado em estado grave
Três adolescentes de 15 anos foram baleados dentro da sala de aula de uma escola de tempo integral no município de Sobral, no Ceará. O episódio foi registrado na manhã desta quarta-feira (5) e teria sido cometido por um colega de classe das vítimas – que sofria bullying dos estudantes.
Após o atentado, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi chamado até o colégio, onde prestou os primeiros socorros às vítimas e posteriormente os encaminhou ao hospital Santa Casa de Misericórdia, onde dois deles seguem internados, sendo um em estado grave após ter sido alvejado na cabeça. O terceiro jovem já recebeu alta da unidade hospitalar.
De acordo com a Polícia Militar (PM), a motivação para o ato infracional seria o bullying que o jovem sofria pelas mãos das vítimas. Após o crime, o adolescente retornou para casa, onde foi apreendido por policiais do Comando de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio).
Informações iniciais do secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Sandro Caron, diziam que arma pertencia ao pai do jovem. Porém mais tarde foi confirmado que a pistola está registrada em nome de um atirador esportivo.
Tanto o pai do adolescente quando o atirador que possui o registro da arma foram ouvidos na Delegacia de Polícia Civil de Sobral. Dentre as linhas investigativas a polícia trabalha com a hipótese que o pai do estudante teria adquirido o armamento de forma ilegal com o atirador, sob o pagamento de R$ 8 mil.
“Na delegacia, o menino alegou que a arma pertencia ao pai dele, mas está registrada em nome do atirador esportivo. Tanto o pai como o atirador esportivo foram conduzidos à Delegacia de Sobral. Agora investigamos como a arma foi parar na casa do menor e como o menor teve acesso”, explicou Sandro Caron.
Ainda há informações de que o pai do adolescente responde criminalmente por violência doméstica e familiar contra a mulher, desacato e furto, entre outros.
“É uma situação a ser esclarecida. De qualquer maneira, o que será apurado é o porquê e como uma arma registrada em nome de outra pessoa, acabou na mão do menor. De maneira premeditada ele levou a arma na mochila e praticou o ato. Toda a nossa torcida é para que as vítimas consigam se recuperar”, conclui o secretário.
(Redação, com informações Diário do Nordeste)