Vídeo mostra momento em que policial penal atira no dirigente petista em Foz do Iguaçu
De acordo com Boletim de Ocorrências, homem invade festa de aniversário com temática petista e grita o nome do presidente antes de atirar
Uma câmera do circuito interno de segurança mostra o momento em que o policial penal Jorge Jose da Rocha Guaranho invade a tiros a festa de 50 anos do guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda, em Foz do Iguaçu, na madrugada deste domingo (10).
Arruda revidou os tiros e atingiu Guaranho. O policial penal ficou ferido. Ele está vivo e sob custódia policial, no hospital. O guarda municipal chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu.
O Boletim de Ocorrências cita que o policial chegou ao local da festa gritando “aqui é Bolsonaro, fdp!” e “mito”. Arruda também era tesoureiro do PT em Foz. Ele comemorava aniversário com temática do partido. Havia pelo menos 40 pessoas, incluindo várias crianças, no local do crime.
Nas imagens também é possível ver pelo menos dois homens chutando o corpo do policial penal, quando ele já estava caído.
Uma pessoa que presenciou o crime, em uma sala do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu (Sismufi), disse que Arruda evitou uma tragédia maior ao atirar em Guaranho, que minutos antes teria passado em frente ao local, na companhia da esposa e da filha criança, e xingado os participantes da celebração.
Marcelo Arruda foi candidato a vice-prefeito nas eleições de 2020 e diretor do sindicato municipal de servidores. Deixa a mulher e quatro filhos (uma filha de seis anos e um bebê de um ano).
O PT lamentou o ocorrido e disse que Marcelo Arruda foi vítima da “intolerância, do ódio e da violência política”. O ex-presidente Lula se manifestou pelas redes sociais e disse que duas famílias perdem os pais. O grupo de campanha do presidente Jair Bolsonaro ainda não se pronunciou sobre a tragédia.
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Esta notícia foi atualizada às 16h45, após a entrevista da delegada responsável pelo caso. Ela disse que Jorge Jose da Rocha Guaranho segue vivo. A informação inicial, da Secretaria de Estado de Segurança Pública, é que o policial penal havia morrido.