Umuarama

Reajuste para os professores do magistério exige mais recursos do Fundeb, diz Pimentel

Umuarama tem cerca de 930 professores, sendo 220 profissionais do magistério atuando na rede municipal de ensino

Reajuste para os professores do magistério exige mais recursos do Fundeb, diz Pimentel
Marcos de Oliveira
OBemdito
25 de abril de 2022 13h05

Em uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira (25), no auditório da Prefeitura Municipal de Umuarama, o prefeito Hermes Pimentel afirmou que o reajuste de salário para os professores do magistério significaria um impacto de R$ 12 milhões no orçamento anual.

Segundo o prefeito, atualmente, o município já utiliza os R$ 53 milhões repassados pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e investe mais R$ 7 milhões da receita livre para pagar o salário dos professores.

Umuarama tem cerca de 930 professores, sendo 220 profissionais do magistério atuando na rede municipal de ensino. “Um reajuste concedido a todos os professores representa um impacto enorme na folha de pagamento da educação, o que se torna inviável para os cofres públicos. Hoje, nós gastamos 100% do repasse do Fundeb com o pagamento de salários, sendo que a lei estabelece 70% e 30% para uso em manutenção e estrutura”, argumentou Pimentel.

Acompanhado pelo Procurador Geral, Renan William de Deus Lima, e pela secretária municipal da Fazenda, Gislaine Alves Vieira, o prefeito esclareceu que a greve é questionável do ponto de vista legal e acrescentou ainda que estudos feitos pela prefeitura apontam uma defasagem salarial de 17% e não de 33% como sugerem os grevistas.

“O professor precisa botar a mão na consciência e saber que a paralisação afetará não somente o calendário escolar, mas também o comércio da cidade, porque muitas mães que trabalham fora para ajudar na renda familiar, ficarão sem ter onde deixar os filhos devido à falta de aulas”, comentou Pimentel.

Pimentel disse que tentará uma saída para o impasse. Ele viaja nesta segunda-feira (25) para Curitiba e amanhã tem reunião marcada com os deputados da bancada da frente parlamentar. “Vamos tentar conseguir mais recursos junto ao Fundeb”, explicou Pimentel.  

O procurador geral disse ainda que caso a greve seja mantida o município vai ajuizar uma ação declaratória contra os grevistas.  “Hoje existe uma insegurança jurídica diante das mudanças que ocorreram na legislação em 2020. O sindicato está usando como base para a greve a lei de Lei 11494/08, que foi revogada. Não existe lei de regulamentação do piso salarial, o que existe é uma portaria do governo federal”, explica Renan William.

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