Umuarama

Umuarama: caminhada pelo fim da violência contra a mulher será realizada hoje

Nesta quinta-feira (25) Umuarama terá a II Caminhada Pelo Fim da Violência Contra a Mulher. A passeata terá início às 19h, com saída da praça Miguel Rossafa. O evento é organizado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, com apoio de vários parceiros. A organização pede para que os participantes vistam camiseta preta.

No seu dia a dia, as mulheres enfrentam vários tipos de violência. Muitas são vítimas de agressões físicas, violência psicológica, sexual, moral e patrimonial, podendo até mesmo chegar ao feminicídio. A campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, busca despertar a atenção da sociedade para esta triste realidade e conscientizar as mulheres a reagir, denunciando os abusos e buscando apoio nos meios adequados.

A mobilização é global e vai de 25 de novembro a 10 de dezembro. No Brasil acontece desde 2003, iniciando no Dia Nacional da Consciência Negra (20/11). A campanha engloba cinco datas que constituem marcos dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as mulheres – além do Dia da Consciência Negra, o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres (25/11), o Dia Mundial de Combate à Aids (1º/12), a Campanha Laço Branco – Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres (6/12) e o Dia Internacional dos Direitos Humanos (10/12).

A realização é do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, com o apoio e parceria da Secretaria Municipal de Assistência Social, além de órgãos e movimentos que apoiam a causa. A presidente, psicóloga Jôze Kelly Fator, que atua no Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram), da Secretaria Municipal de Assistência Social, lembra que a campanha busca conscientizar a população sobre a existência de várias formas de violência contra as mulheres.

Para além da violência doméstica, as mulheres vivenciam diariamente violência social, política e econômica, pela questão do gênero, em decorrência de uma sociedade histórica e culturalmente patriarcal. “As mulheres não estão sozinhas. Elas podem e devem buscar ajuda, falar sobre o tema, se apoiarem e reagirem. Somos uma por todas e todas por uma”, orienta.

Segundo Jôze, é importante buscar informações, se engajar em movimentos que lutam contra todos os tipos de violência à mulher e estimular mulheres que enfrentam a violência doméstica a denunciar. “Existe o disque denúncia 180, que é nacional, mas os casos emergenciais – momento da violência física – devem ser denunciados à Polícia Militar (fone 190) ou à Guarda Municipal (153) para uma resposta urgente”, informa a psicóloga.

Outros canais de denúncia são a Delegacia da Mulher (3639-6557), o Conselho Municipal dos Direitos da mulher, através da Secretaria-Executiva dos Conselhos (Av. Castelo Branco, 3302, salas 5 e 6), e o Creas/Cram (2020-6151), que faz o acompanhamento das mulheres que sofrem algum tipo de violência doméstica, buscando fortalecê-las para que consigam superar este momento.

“A mulher não pode se calar diante da violência. Precisa reagir, denunciar e buscar apoio, do contrário a sua situação não vai mudar”, acrescentou a secretária da Assistência Social, Adnetra dos Prazeres Santana.

AGRAVAMENTO

Adnetra informou que os casos aumentaram durante a pandemia, com o isolamento social, e apresentou as ações de enfrentamento realizadas pelo poder público. “Temos ações, mas precisamos sempre fortalecer as políticas públicas de atendimento a mulher. Umuarama não está parada e contamos com pessoas que podem fazer a diferença. Mas as mulheres precisam buscar esse apoio”, disse a secretária, que representou o prefeito em exercício Hermes Pimentel no evento.

Também participaram o presidente da Câmara, Fernando Galmassi, a vereadora Ana Novais, a coordenadora do Cram, Aline Moreno de Camargo, a chefe de Divisão da Proteção Social Especial, Sandra Prates, o coordenador do Creas, Ivo Galdino da Silva, e o coordenador do Centro Pop, Roger Giopatto.

O momento contou com a fala da ativista e empreendedora Luana Goulart Pereira Martins de Mesquita, que participou da primeira candidatura coletiva à Câmara e atua nos movimentos Entre Elas e Pretas Ubuntando. Luana fez um relato de sua história de vida, marcada muitas vezes pelo sofrimento com o preconceito, pela autoaceitação de sua cor e raízes, e suas conquistas de vida após este processo.

(Assessoria PMU)

Marta Paula

Recent Posts

Colisão traseira derruba motociclista na PR-482 durante lentidão no trânsito

Colisão traseira ocorreu na manhã desta quinta (4), entre Maria Helena e Umuarama

10 minutos ago

Estudante de Umuarama conquista 3º lugar nacional na Maratona Tech

Amanda Nagera, aluna da Escola Durval Seifert, se destaca em competição nacional de tecnologia

39 minutos ago

Prefeitura de Umuarama presta homenagem ao menino Levi, morto após atropelamento

Administração municipal divulgou nota de pesar que expressa solidariedade à família

59 minutos ago

Pancadaria com “cadeiradas” em bar na avenida Tiradentes mobiliza PM; assista o vídeo

Três homens se envolveram em uma briga que chamou a atenção de várias pessoas no…

1 hora ago

Drones de pulverização são usados em colégios agrícolas de Umuarama e de outros municípios

Neste ano, sete drones de pulverização foram adquiridos pela Seed-PR, com investimento superior a R$…

3 horas ago

Este site utiliza cookies

Saiba mais