Exumação do corpo de Luiz Delfino, realizada nesta quarta (10), foi acompanhada pela família no Cemitério Municipal de Iporã (Foto Colaboração/OBemdito)
O corpo de Luiz Delfino Marques, de 54 anos, foi exumado na manhã desta quarta-feira (10) em Iporã, a 54 quilômetros de Umuarama. O procedimento atendeu a pedido da Polícia Civil do Paraná (PCPR) e foi acompanhado por familiares.
O objetivo é verificar se a morte, registrada em abril como natural, tem relação com outros homicídios confessados por Diego Augusto de Lima Santos, de 24 anos, preso em 5 de novembro.
A Polícia Civil informou que os restos mortais foram enviados à Polícia Científica, que fará exames para identificar possíveis sinais de violência. O laudo deve definir se Delfino será incluído na série de mortes atribuídas ao investigado.
Quando Delfino foi encontrado morto, o corpo já estava em decomposição e não havia sinais externos evidentes de agressão, o que levou ao registro de morte natural.
A família, porém, relata que sempre teve dúvidas sobre a causa. Parentes dizem que chamaram o IML, mas que nenhuma equipe compareceu na ocasião.
Dias depois, ao receberem fotografias feitas pela funerária, familiares afirmaram ter notado um possível corte no pescoço e marcas no braço. As imagens motivaram questionamentos sobre o laudo inicial.
A reviravolta veio meses depois, quando Diego Santos, preso durante a investigação do homicídio de Danilo Roger Bido Ferreira, de 31 anos, disse à polícia ter matado outras três pessoas, entre elas, Delfino.
Saiba mais: Delegado detalha investigação e diz que ‘serial killer’ de Iporã confessou 4 homicídios
Confissão do suspeito
Diego foi detido em 5 de novembro no curso das investigações da morte de Danilo, assassinado com 18 facadas e encontrado em uma estrada rural em 31 de agosto.
Na delegacia, o jovem afirmou ter cometido quatro homicídios em Iporã ao longo do ano. Ele se autodefiniu como “serial killer” e disse que não havia motivação concreta para os ataques.
Segundo o delegado Luã Mota, responsável pelas apurações, Diego apresentou comportamento “frio” e relatou que “mata por matar”. O suspeito possui diagnóstico de esquizofrenia paranoide e realiza tratamento psiquiátrico desde a infância.
Além de Danilo e de Delfino, o investigado também confessou os homicídios de:
A Polícia Civil já concluiu o inquérito referente à morte de Danilo e afirma ter provas materiais, como digitais, dados telemáticos e dinâmica do crime , que confirmam a autoria.
Diego foi indiciado por homicídio qualificado e fraude processual e será indiciado também pelos casos de Gaia e de de Lucca. A investigação sobre Delfino depende agora do resultado pericial da exumação.
A defesa do acusado afirma que ele sofre de esquizofrenia paranoide, diagnosticada na infância, o que pode gerar relatos distorcidos ou fantasiosos.
O advogado Delfer Dalque de Freitas informou que irão pedir o incidente de insanidade mental, para avaliar a capacidade do réu de responder criminalmente.
A conclusão do laudo da exumaçãopode confirmar a ligação entre a morte de Delfino e os demais crimes atribuídos ao investigado ou descartar essa hipótese. A investigação segue sob responsabilidade do delegado chefe da 15ª Delegacia Regional de Iporã, Luã Mota.
Leia também: ‘Serial killer’ de Iporã pesquisou pena por matar a própria mãe, diz polícia
O comércio paranaense segue em trajetória de expansão e encerrou os dez primeiros meses de…
O Senado aprovou nesta quarta-feira (10), por unanimidade, o projeto que cria um novo marco…
De sua roça no distrito de Serra dos Dourados, zona rural de Umuarama, Anailde de…
A Prefeitura de Tapira instalou na última semana um novo playground no CMEI Professor Pedro…
O Grupo da Melhor Idade, o Coral Vozes de Ouro e a equipe do Vôlei…
Chegou finalmente o grande dia. É nesta quinta-feira, 11, que a casinha da Praça Hênio…
Este site utiliza cookies
Saiba mais