Rudson de Souza Publisher do OBemdito

Deputado estadual Renato Freitas diz que briga na rua foi reação a racismo

Vídeos mostram Renato Freitas e outro homem trocando socos e chutes

Deputado estadual Renato Freitas diz que briga na rua foi reação a racismo
Rudson de Souza - OBemdito
Publicado em 20 de novembro de 2025 às 12h04 - Modificado em 20 de novembro de 2025 às 12h06

Nesta quarta-feira (19), vídeos que circularam nas redes sociais mostram o deputado estadual do Paraná Renato Freitas (PT) envolvido em uma briga de rua com um homem não identificado no centro de Curitiba. As imagens registram troca de socos e chutes entre os dois, até que pessoas próximas interferem e separam a dupla.

Em vídeo divulgado à noite, Freitas afirmou que reagiu após sofrer injúria racial. “O motivo foi o mesmo que me fez brigar na rua desde criança: racismo, humilhação, injúria, violência e agressão”, disse o parlamentar.

Nas gravações, o deputado desfere chutes e, na sequência, é atingido por um soco no rosto, que, segundo ele, quebrou seu nariz. Em outro registro, ambos atravessam a rua em luta corporal e caem na calçada do lado oposto, quando terceiros conseguem intervir.

Freitas declarou que estava acompanhado de uma amiga, também negra, quando o outro homem teria jogado o carro contra os dois. “Eu não reagi, mas ele baixou o vidro e me xingou. Saiu do carro e veio para brigar”, afirmou. O deputado também disse que o homem passou a persegui-los já com o celular gravando. “Eu não imaginava que ele iria partir para a agressão.”

Nas redes sociais, o presidente nacional do PT, Edinho Silva, repudiou as agressões contra Freitas e afirmou que o parlamentar é alvo recorrente de ataques de motivação política e racial. Ele expressou solidariedade ao deputado e classificou o episódio como “inadmissível e criminoso”.

A trajetória política de Freitas tem sido marcada por confrontos judiciais e acusações de perseguição. Em 2020, foi condenado em regime aberto por participação em um protesto em Curitiba. Dois anos depois, teve o mandato de vereador cassado sob acusação de invadir uma igreja, denúncia que ele nega. A cassação posteriormente foi anulada pelo STF.

Com informações da Agência Brasil

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