PRF recupera caminhonete roubada em Belo Horizonte após perseguição em Guaíra
Condutor fugiu por ruas da cidade, bateu em muro e escapou para área de mata
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) recuperou, na tarde desta quarta-feira (19), uma caminhonete roubada em Belo Horizonte (MG) após uma perseguição no perímetro urbano de Guaíra. O veículo foi abandonado após o condutor colidir contra o muro de uma residência e fugir para uma área de mata.
Por volta das 13h20, durante patrulhamento na BR-272, policiais avistaram a caminhonete, que realizou uma manobra brusca ao notar a aproximação da viatura. A atitude levantou suspeita, e a equipe deu ordem de parada, que foi ignorada pelo motorista.
O condutor iniciou uma fuga em alta velocidade por ruas da cidade, desrespeitando sinalizações, realizando ultrapassagens pela contramão e colocando em risco outros motoristas e pedestres.
Após alguns minutos de acompanhamento tático, o motorista perdeu o controle da direção e bateu no muro de uma casa. Ele abandonou o veículo e correu em direção a uma mata próxima, não sendo localizado.
Na identificação veicular, os agentes constataram que a caminhonete usava placas adulteradas e, na verdade, havia sido roubada em 12 de novembro, em Belo Horizonte.
O veículo recuperado foi encaminhado à Polícia Judiciária, que dará sequência aos procedimentos legais e à investigação sobre o caso.
Preferência
Existe uma preferência marcante por caminhonetes e SUVs de alto valor no mercado de roubos para contrabando, especialmente com destino ao Paraguai. Esse fenômeno é impulsionado por uma combinação de fatores que tornam esses veículos alvos ideais para o crime.
Sua alta demanda no mercado paraguaio, tanto por sua utilidade em zonas rurais quanto como símbolo de status, garante uma comercialização rápida e lucrativa. Além disso, o valor agregado desses modelos no mercado legal é significativamente alto, compensando os riscos do crime.
A robustez e a capacidade off-road desses veículos facilitam a travessia por rotas irregulares e áreas de fronteira remotas, dificultando a interceptação pelas autoridades.
Por fim, a sofisticada rede criminosa especializada em falsificação de documentação e desmonte para peças torna praticamente impossível rastrear os veículos após o roubo, consolidando um ciclo ilegal de roubo, transporte e venda que se aproveita das características específicas desses automóveis.
(Com informações da PRF)





