Menino de 4 anos morre após ataque de filhote de pitbull e polícia investiga

O filhote foi recolhido pelas autoridades sanitárias

Um menino de quatro anos morreu após ser atacado por um filhote da raça pitbull. A criança, identificada como Igor Pereira da Silva, estava na casa de uma vizinha quando foi mordida pelo cão.

Segundo a Polícia Militar, Igor acompanhava a mãe durante uma visita à residência. O cão, que segundo vizinhos pertence ao genro da moradora, estava no imóvel no momento do ataque. Uma testemunha relatou que o menino foi atingido no pescoço e na região dos olhos, sofrendo ferimentos graves.

“O pitbull pegou no pescoço e na parte do olho, que estava bastante machucado. Quando chegamos para ajudar, o cachorro já tinha sido contido. A criança estava caída no chão, com muito sangue”, afirmou à Record TV o mototaxista Gabriel Marcos, que tentou prestar socorro.

Igor foi levado em estado crítico ao Hospital Municipal Francisco da Silva Telles, em Irajá, zona norte do Rio de Janeiro, onde o ataque do pitbull aconteceu, por volta das 10h desta quarta-feira (12).

De acordo com a equipe médica, o menino teve uma parada cardiorrespiratória pouco depois de chegar à unidade e não resistiu. A morte foi confirmada cerca de cinco minutos após a admissão.

O pitbull, um filhote de sete meses, foi recolhido pelo Centro de Controle de Zoonoses. A Secretaria Municipal de Proteção e Defesa dos Animais informou que o animal não deverá ser sacrificado. O órgão afirma que seguirá o protocolo de observação e avaliação comportamental previsto em casos desse tipo.

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar as circunstâncias do ataque. A mãe da criança e o tutor do animal já foram ouvidos na Delegacia de Irajá. Os agentes apuram se houve negligência na guarda do cão e se o ambiente apresentava condições adequadas de segurança.

A corporação também deve solicitar laudos periciais e ouvir outras testemunhas que estavam próximas ao local no momento do ataque.

O corpo do menino será encaminhado ao Instituto Médico Legal para exame. A família, abalada, ainda não informou detalhes sobre o velório e o enterro. A investigação segue em andamento.

Leonardo Revesso

Graduado em Direito pela Unipar, mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP e especializando em Neurociência do Consumo pela ESPM. Tutor da Olívia, da Ludi e da Mila. Está no jornalismo há 27 anos (iniciou aos 15). No OBemdito escreve sobre política e consumo.