Foto: Assessoria PMU
A Fundação Cultural de Umuarama (FCU) inaugura nesta quarta-feira (5) a exposição “Edu Tadeu: Tocando o Kaos”, que celebra a trajetória e a inventividade de um dos nomes mais expressivos das artes visuais do Noroeste do Paraná. A mostra será aberta às 19h30, no hall do Centro Cultural Vera Schubert, e ficará disponível para visitação gratuita de 6 a 21 de novembro, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30.
A exposição reúne desenhos, pinturas, reprogravuras e esculturas que revelam a força da arte em suas múltiplas formas. As obras fazem parte do acervo pessoal do artista, Eduardo Tadeu Arrebola de Souza (1956–2024), hoje sob os cuidados da Fundação Cultural. A curadoria é assinada pelo Estúdio Sequencial, em parceria com Ana Ribas – Arte e Cultura.
Segundo o secretário municipal de Cultura, Rodrigo Fernandes Pereira, a mostra representa um marco na preservação da memória cultural local.
“Edu Tadeu foi um multiartista de enorme relevância, com um legado que conecta Umuarama, Londrina e todo o Norte do Paraná. Sua obra continua inspirando novas gerações”, destacou.
A produção de Edu Tadeu se destacou não apenas pela originalidade, mas também pelo uso criativo de materiais reaproveitados. O artista via no reuso uma forma de reinventar o cotidiano, transformando o que seria descartado em arte. Esculturas e instalações feitas com metais, plásticos e papéis reutilizados integram o acervo exposto, demonstrando a preocupação do artista com a sustentabilidade e a circularidade dos materiais.
A curadora e irmã do artista, Etel Frota, define o trabalho de Edu como “arte bruta em materiais e arte visionária em temas e abordagens”. Segundo ela, a combinação entre técnica e experimentação fez de sua obra um território livre de convenções, onde o simbólico e o ecológico se entrelaçam.
Falecido em 25 de dezembro de 2024, aos 65 anos, Edu Tadeu viveu os últimos anos em Umuarama, onde participou ativamente de iniciativas culturais como a Feira Agroecológica de Inclusão Social Cultura e Artes (Faisca). Natural de Cornélio Procópio, o artista percorreu diversas cidades do Norte do Paraná e de Santa Catarina antes de se fixar na Capital da Amizade.
Autodidata, Edu Tadeu começou a produzir na década de 1970, em Londrina. Em Umuarama, foi um dos sócios-fundadores do Estúdio Sequencial, espaço dedicado à arte independente e às histórias em quadrinhos. Pelo estúdio, criou o selo Capivara Comix, que publicou obras como Revista Sossego (2018), o CD Entidade Perdida, No Meio da Explosão (2019) e a HQ Umuarama Rock City em Quadrinhos (2025).
Seus temas transitam entre o mítico e o ancestral, explorando a analogia entre o dragão celeste chinês e a serpente emplumada das civilizações pré-colombianas. Essa simbologia aparece em projetos como Mitacoré (1993), Chuva e Barro (1994) e em criações recentes, como Amazontown, que também incorporam o uso de materiais reciclados — uma marca de sua produção mais madura.
O Estúdio Sequencial, que assina a curadoria da mostra, é composto por Isabel Lazzarin, Augusto Silva Leber, João Olivera e Marcelo Galvan Leite. O coletivo atua com produção editorial, projetos gráficos, HQs e exposições de arte. “A trajetória de Edu é parte essencial da nossa história. Essa exposição é também um reencontro com a energia criativa que deu origem ao estúdio”, afirmou Isabel Lazzarin.
Em fevereiro de 2025, a Fundação Cultural recebeu parte do acervo de Edu Tadeu, cedido oficialmente por Etel Frota. A entrega, feita ao secretário Rodrigo Fernandes Pereira, assegurou que parte da obra do artista permanecesse acessível ao público e à pesquisa. Agora, com “Tocando o Kaos”, Umuarama presta uma homenagem definitiva à sensibilidade de um criador que transformou o caos em poesia visual.
(OBemdito, com informações Assessoria PMU)
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