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João Jorge Hellu: uma vida dedicada à medicina e ao desenvolvimento de Umuarama

Médico anestesiologista e gestor visionário ajudou a transformar a saúde da região e construiu um legado de excelência e humanidade

O médico João Jorge Hellu, do Hospital Cemil
João Jorge Hellu: uma vida dedicada à medicina e ao desenvolvimento de Umuarama
Leonardo Revesso - OBemdito
Publicado em 22 de outubro de 2025 às 11h10 - Modificado em 22 de outubro de 2025 às 11h34

A trajetória de João Jorge Hellu é parte fundamental da história da saúde em Umuarama e região. Médico anestesiologista, gestor e líder visionário à frente do Hospital Cemil, ele construiu uma carreira marcada pela ética, pela dedicação e pela crença de que a medicina é mais do que uma profissão: é um compromisso com a vida e com o bem-estar coletivo.

Filho e neto de imigrantes sírios que chegaram ao Brasil em busca de paz e oportunidades, João Jorge Hellu nasceu em Rifaína, no estado de São Paulo, e chegou ainda criança a Umuarama. Seu pai, Jamil Hellu, foi um dos pioneiros mais respeitados da região, especialmente nos anos em que o café impulsionava a economia local.

Movido pelo sonho de ser médico, deixou a cidade na adolescência. Estudou o ensino médio em Curitiba, graduou-se em Medicina pela Faculdade de Itajubá, em Minas Gerais, e fez residência em Anestesiologia em Ribeirão Preto, São Paulo. Foram dez anos longe da Capital da Amizade, mas sempre com o desejo de voltar e retribuir à cidade que o acolheu.

Historia 01 Cemil
Hospital Cemil
João Jorge Hellu

O retorno aconteceu em 1981, já casado com Rose Sandri, também filha de pioneiros. De volta a Umuarama, passou a atender em hospitais da cidade e, no mesmo ano, ingressou no então Centro Materno Infantil (Cemil), sob a liderança do médico Hyzo Gondoberto dos Santos.

Pouco tempo depois, uma decisão ousada mudaria o rumo da saúde regional. Ao lado de Dr. Hyzo e outros jovens médicos, João Jorge participou da idealização e construção de um hospital moderno, pensado para atender não apenas Umuarama, mas toda a macrorregião Noroeste.

Assim nasceu o Hospital Cemil, resultado da coragem e da convicção de que o interior também merece acesso à medicina de excelência.

Desde então, João Jorge Hellu ocupou funções estratégicas na instituição, atuando como diretor financeiro, administrativo, clínico e geral. Em 2016, com a criação da Associação Beneficente de Saúde São Francisco de Assis, assumiu o cargo de superintendente, que exerce até hoje.

Sua visão de gestão e compromisso com a qualidade ajudaram a consolidar o Cemil como um hospital de referência tecnológica e assistencial em todo o Paraná.

Fora da instituição, João Jorge Hellu também exerceu papéis relevantes na representatividade médica e na gestão pública. Foi delegado do Conselho Regional de Medicina, presidente da Associação Médica de Umuarama, membro da Associação dos Hospitais e secretário municipal de Saúde, experiências que ampliaram sua contribuição para o fortalecimento do sistema de saúde regional.

Família De João Jorge Hellu
Família De João Jorge Hellu 2
João Jorge Hellu com familiares no recebimento do título de Cidadão Honorário de Umuarama

Em 2024, sua trajetória foi reconhecida oficialmente com o título de cidadão honorário de Umuarama, concedido pela Câmara Municipal pelos relevantes serviços prestados à comunidade.

Hoje, o legado de João Jorge Hellu se manifesta em cada vida transformada pela medicina que ajudou a construir e na nova geração de profissionais que inspirou. Seus filhos, Mariana e Rafael Hellu, seguiram seus passos e integram o corpo clínico do Hospital Cemil, perpetuando uma história de vocação, amor à profissão e compromisso com o futuro da cidade.

“Sou feliz e realizado no que faço. E sei que posso fazer mais. A medicina é uma paixão, um compromisso, um ofício de amor pela vida”, diz o médico.

A trajetória de João Jorge Hellu é uma prova de que a dedicação individual pode se transformar em legado coletivo. Umuarama cresce com a força de quem sonha grande e trabalha todos os dias para transformar cuidado em esperança.

(Com reportagem de Rosi Rodrigues)

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