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Polícia detalha investigações sobre bunkers e localização dos corpos em Icaraíma

Delegado Gabriel Menezes esclarece dúvidas sobre mapa, área de mata e situação dos suspeitos

Foto: PCPR
Polícia detalha investigações sobre bunkers e localização dos corpos em Icaraíma
Luiz Fernando - OBemdito
Publicado em 21 de outubro de 2025 às 13h55 - Modificado em 21 de outubro de 2025 às 13h55

O delegado Gabriel Menezes, chefe da 7ª Subdivisão Policial de Umuarama, esclareceu novas informações sobre as investigações que envolvem a descoberta de bunkers e esconderijos em uma área rural de Icaraíma — o mesmo município onde foram encontrados os corpos de quatro cobradores. As respostas foram encaminhadas após solicitações feitas pela imprensa.

Segundo Menezes, o local onde a caminhonete Fiat Toro foi localizada está entre as 22 estruturas mapeadas pela Polícia Civil na região. No entanto, o ponto onde os corpos foram encontrados não fazia parte desse levantamento. “Foi uma cova aberta apenas para o enterro dos corpos”, explicou o delegado.

As estruturas criminosas, conhecidas como bunkers, não estavam concentradas em um único ponto. Conforme detalhou o delegado, elas foram identificadas em diferentes áreas de uma extensa mata, que abrange várias propriedades rurais. A descoberta desses locais foi feita em continuidade às investigações sobre o assassinato dos cobradores, cujos corpos foram achados no início de setembro.

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“Mapa” e suspeitos

Menezes também negou que o encontro dos corpos tenha ocorrido com base em um mapa entregue à polícia. “Nenhum mapa foi entregue à Polícia Civil ou a qualquer de seus agentes. Os corpos foram encontrados a partir de diligências de campo. Apenas depois da localização é que um mapa chegou ao nosso conhecimento, mas ele não condiz com o local dos corpos”, afirmou. Segundo o delegado, o documento indicava um ponto a mais de três quilômetros de distância do local real.

O delegado destacou ainda que os proprietários das áreas onde o veículo e os corpos foram localizados não são investigados pelas mortes. “Essas pessoas estão sendo ouvidas para maiores esclarecimentos, mas não são consideradas investigadas”, disse.

Por fim, Menezes confirmou que Antônio Buscariollo e Paulo Buscariollo seguem sendo apontados como os principais suspeitos do crime. Ambos continuam foragidos, com mandados de prisão em aberto.

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