Polícia cumpre mandados para investigar o caso da jovem flagrada com padre; com vídeo
Polícia apreende celulares e computadores em nova fase da investigação
A Polícia Civil de Mato Grosso cumpriu, na manhã desta quinta-feira (16), quatro mandados de busca e apreensão no âmbito da investigação que apura a divulgação indevida de imagens íntimas de uma jovem de 21 anos. Trata-se da mulher envolvida no caso do padre Luciano Braga Simplício, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Nova Maringá, a cerca de 390 quilômetros de Cuiabá.
As medidas judiciais foram determinadas pela Justiça de São José do Rio Claro, com apoio da Delegacia de Tapurah (MT), após a ampla repercussão do vídeo em que o padre aparece apenas de short na casa paroquial ao lado da jovem. As imagens, que mostram a vítima em situação de vulnerabilidade, se espalharam rapidamente pelas redes sociais, alcançando repercussão nacional.
De acordo com a Polícia Civil, os mandados têm como objetivo apreender celulares, computadores e mídias digitais que possam conter cópias do vídeo. Os investigados poderão responder por constrangimento ilegal qualificado, invasão de domicílio, dano qualificado, exposição da intimidade e dano psicológico.
A operação busca identificar quem produziu, filmou e compartilhou o vídeo, além de responsabilizar criminalmente os autores da divulgação. O caso ganhou notoriedade após o flagrante registrado pelo noivo da jovem e o pai dele, que arrombaram a porta da casa paroquial no último sábado (11).
As imagens mostram o padre tentando se justificar, enquanto a jovem, de baby-doll, aparece chorando e escondida embaixo da pia do banheiro. O vídeo viralizou dias depois, provocando forte repercussão em Nova Maringá, município de pouco mais de 5,8 mil habitantes.
Versão do padre
Em áudios enviados a fiéis, o padre Luciano Braga Simplício afirmou que não houve contato íntimo com a jovem e que ela teria ido à casa paroquial apenas para tomar banho e trocar de roupa após uma atividade da igreja.
A Diocese de Diamantino confirmou que instaurou investigação canônica para apurar a conduta do sacerdote. “Tendo em vista o bem da Igreja e do povo de Deus, todas as medidas canônicas previstas já estão sendo devidamente tomadas”, informou a instituição em nota.
Investigação sob sigilo
O delegado Franklin Aves, responsável pelo caso, representou pelos mandados de busca e determinou que as investigações prossigam para individualizar a conduta dos envolvidos, incluindo os responsáveis por filmar, compartilhar e expor as imagens.
Os equipamentos apreendidos serão periciados para rastrear a origem e o caminho de disseminação dos vídeos. O caso tramita sob sigilo judicial, e o padre segue afastado de suas funções religiosas até a conclusão das investigações e do processo canônico.
(OBemdito com informações do Metrópoles)





