Professor e ex-vereador é denunciado por abuso sexual contra alunos adolescentes

O Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou por estupro de vulnerável e outros crimes um professor da rede estadual de ensino de Irati, no Sudeste do estado, investigado por abusar sexualmente de sete adolescentes, com idades entre 11 e 17 anos. O denunciado, de 47 anos, é professor desde 2003 e ex-vereador do município. A denúncia foi oferecida pela Promotoria de Justiça de Irati nesta terça-feira (7). Ele é considerado foragido pela polícia.

De acordo com o MPPR, os crimes ocorreram entre 2017 e 2024. Além do professor, uma irmã dele — que atuou como diretora na escola onde ele lecionava — também foi denunciada. No exercício do cargo, ela teria tomado conhecimento de parte dos abusos, mas não adotou nenhuma providência.

As investigações apontam que os abusos teriam acontecido tanto dentro das dependências do colégio, onde o homem atuava como professor de educação física, quanto fora do ambiente escolar. Segundo a denúncia, ele se valia da concessão de presentes e pagamentos para obter encontros ou o envio de fotos íntimas das vítimas.

Investigações

As apurações começaram após o Conselho Tutelar de Irati receber, no dia 5 de agosto deste ano, uma denúncia anônima informando que o professor estaria abusando sexualmente de adolescentes do sexo masculino. A partir disso, foi formada uma força-tarefa composta pelo Conselho Tutelar, pela Promotoria de Justiça de Irati, pelas secretarias municipais de Assistência Social e de Educação, pelo Núcleo Regional de Educação e pela Delegacia de Polícia Civil.

A denúncia apresentada pelo MPPR descreve 28 fatos relacionados aos crimes investigados. O professor e ex-vereador responderá pelos crimes de estupro de vulnerável, satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente, favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável, importunação sexual e assédio sexual.

A irmã dele foi denunciada por prevaricação e por assédio sexual e favorecimento da exploração sexual de adolescentes, ambos na modalidade omissiva. O processo corre sob sigilo judicial.

(Com informações MPPR)

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