Jovem com suspeita de intoxicação por metanol está em estado grave na UTI em Umuarama

Um jovem de 19 anos, natural de Cruzeiro do Oeste, permanece internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Nossa Senhora Aparecida, vítima de suspeita de intoxicação por metanol.

De acordo com a assessoria de imprensa do Instituto Nossa Senhora Aparecida, o paciente está sob cuidados intensivos e aguarda os resultados de exames que confirmarão o diagnóstico.

O caso, que ocorreu no último domingo (5), acionou um alerta na vigilância sanitária do município. Conforme apurado pela reportagem, o rapaz teria ingerido um copo de whisky misturado com refrigerante.

Cerca de três horas depois, começou a passar mal, desmaiou e sofreu várias paradas cardiorrespiratórias. Após ser socorrido pela família e atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ele foi intubado e transferido de emergência para o hospital em Umuarama.

Diante da gravidade do quadro, que é compatível com envenenamento por metanol – uma substância altamente tóxica encontrada em bebidas adulteradas –, a Secretaria de Saúde de Cruzeiro do Oeste comunicou o fato ao Centro de Informação e Assistência Toxicológica do Paraná (CIATox) e deu início a medidas cautelares.

Em áudio divulgado e confirmado pela reportagem, o secretário de Saúde, Flávio Posseti, detalhou as ações. “A partir deste momento são desencadeadas todas as atividades de vigilância. A Polícia Civil, a Vigilância em Saúde, ou seja, a Vigilância Epidemiológica e Sanitária, estão realizando atividades no comércio”, explicou.

Equipes percorrem estabelecimentos comerciais para uma busca ativa e apreensão cautelar de produtos com indícios de adulteração, que serão submetidos a testes laboratoriais.

Posseti também fez um alerta à população, recomendando precaução ao consumir bebidas alcoólicas, especialmente as destiladas. “Pode acontecer de a gente estar com um lote de bebida adulterada por aqui”, advertiu.

A confirmação da intoxicação por metanol no paciente depende de análise em laboratório credenciado pelo Ministério da Saúde, e ainda não há prazo para a divulgação dos resultados.

A reportagem acompanha o desdobramento do caso.

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