Pecuaristas no Paraná devem vacinar rebanhos contra a brucelose
Imunização é obrigatória em bezerras de três a oito meses e garante sanidade do rebanho
A Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) está reforçando a necessidade de pecuaristas para vacinarem seus bovinos e bubalinos contra a brucelose bovina, doença causada pela bactéria Brucella abortus e que pode ser transmitida também para seres humanos. A imunização pode ser realizada em qualquer período do ano e é obrigatória para bezerras entre três e oito meses de idade.
Segundo a agência, a brucelose é endêmica no Paraná e provoca perdas econômicas significativas, como queda na produção de leite, baixo índice reprodutivo, aumento no intervalo entre partos, abortos, morte precoce de bezerros e perda de animais. O abortamento no último terço da gestação é o principal sinal da doença, que também pode causar nascimento de bezerros fracos, retenção de placenta, inflamações no aparelho reprodutor e nas articulações.
As vacinas autorizadas no Brasil são a B-19 e a RB-51, sendo a primeira a mais utilizada por ter menor custo. A aplicação deve ser realizada sob responsabilidade de médico veterinário cadastrado na Adapar, com uso de equipamentos de proteção individual. Propriedades irregulares com a vacinação ficam impedidas de movimentar animais, incluindo a emissão da GTA (Guia de Trânsito Animal).
A transmissão da doença ocorre principalmente pela ingestão de pastagem contaminada por restos fetais, placenta ou urina de bovinos infectados. Para evitar a entrada da brucelose em rebanhos sadios, é recomendado adotar quarentena e realizar exames antes da incorporação de novos animais.
Exames periódicos também fazem parte do controle. Fêmeas vacinadas com a B-19 podem ser testadas a partir dos 24 meses de idade, enquanto animais vacinados com a RB-51 e machos podem realizar o exame a partir dos oito meses. Nos casos de reagentes, a Adapar deve ser notificada pelo médico veterinário responsável em até 24 horas após a leitura dos testes.





