Trump diz ter abraçado Lula na ONU e anuncia encontro na próxima semana
O encontro ocorreu durante a troca de lugares para os discursos
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (23) que abraçou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos bastidores da Assembleia Geral da ONU. Segundo Trump, os dois concordaram em se encontrar na próxima semana.
“Eu o vi, ele me viu e nós nos abraçamos. Concordamos que nos encontraremos na próxima semana. Não tivemos muito tempo para conversar, uns 20 segundos”, disse o presidente americano. Ele acrescentou que Lula parecia “um homem muito legal” e que houve “química excelente” entre ambos.
O encontro ocorreu durante a troca de lugares para os discursos. Historicamente, o Brasil é o primeiro país a falar na Assembleia Geral da ONU, seguido pelos Estados Unidos. Ainda assim, o gesto de Trump foi interpretado como uma tentativa de amenizar as tensões entre os dois países. Uma reunião entre Lula e Trump pode acontecer por telefone antes do encontro presencial.
O anúncio de Trump ocorre em meio a sanções aplicadas pelos Estados Unidos contra autoridades brasileiras, incluindo o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O governo americano classificou a condenação de Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado como injusta e acusou Moraes de ferir direitos humanos e atacar opositores políticos.
Além disso, tarifas de 50% foram impostas a alguns produtos brasileiros, provocando críticas do governo do Brasil. Ainda assim, Trump alertou que “o Brasil está indo mal” e que só conseguirá se fortalecer se trabalhar com os Estados Unidos. “Sem nós, eles fracassarão, assim como outros fracassaram”, afirmou.
Durante seu discurso na assembleia, Lula respondeu às críticas americanas, sem citar diretamente os Estados Unidos. Ele defendeu que não há justificativa para medidas unilaterais e arbitrárias contra instituições e economia do Brasil. O petista também destacou que os EUA mantêm superávit no comércio bilateral, negando acusações de desequilíbrio.
O diálogo entre os dois líderes ocorre em um cenário de tensão diplomática, mas também abre espaço para negociações futuras sobre comércio e cooperação internacional.
(OBemdito com informações CNN Brasil)
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