O empresário Jorbel Griebeler, dono da loja de departamentos Cellshop. (Foto: Christian Rizzi/Câmara de Foz do Iguaçu)
O empresário Jorbel Griebeler, 47 anos, dono da Cellshop, no Paraguai, rebateu as acusações que o colocam no centro da operação Mercado de Pandora, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), em Santa Catarina. Ele está com prisão preventiva decretada.
Em nota de esclarecimento divulgada neste fim de semana, Griebeler negou qualquer envolvimento com práticas ilícitas e classificou as acusações como “infundadas”.
“Nos últimos dias, meu nome foi citado em investigações que ganharam grande repercussão. Quero ser claro: todas as acusações são infundadas e serão integralmente rebatidas pela Justiça”, afirmou.
O empresário destacou contar com uma estrutura jurídica robusta para enfrentar o processo. “Tenho ao meu lado uma equipe jurídica de alto nível, que já está atuando de forma incisiva para esclarecer os fatos e restabelecer a verdade”, escreveu.
Ele também reafirmou sua confiança no desfecho favorável. “Nada abalará meu compromisso com a transparência e com todos que confiam em mim. Esse momento, embora difícil, será superado. E, quando a verdade prevalecer, sairemos ainda mais fortes e resilientes.”
Griebeler encerrou sua manifestação agradecendo o apoio que tem recebido. “Agradeço profundamente o apoio que tenho recebido. Seguimos firmes, juntos.”
No dia 11 de setembro, a Vara Estadual de Organizações Criminosas da Comarca da Capital de Santa Catarina expediu um mandado de prisão preventiva contra Griebeler, da Cellshop. A ordem, no entanto, não foi cumprida porque ele não foi localizado.
A ofensiva, deflagrada em 16 de setembro, resultou em 15 mandados de prisão preventiva, 44 mandados de busca e apreensão em residências, escritórios contábeis e empresas de fachada, além de 69 ordens de bloqueio de bens e valores que somam R$ 227,6 milhões.
Durante as diligências, uma pessoa foi presa em flagrante por porte de munições de calibre restrito, e um simulacro de arma de fogo foi apreendido.
Segundo o Ministério Público, a organização criminosa investigada teria se especializado em fraude fiscal e sonegação tributária no comércio eletrônico, com foco na venda de smartphones em plataformas de marketplace.
A prática consistia em registrar empresas de fachada, conhecidas como “noteiras”, para emissão de notas fiscais fictícias. Quando atingiam grande volume de vendas, essas empresas eram rapidamente encerradas e substituídas por outras, num ciclo que dificultava o rastreamento.
O fisco de Santa Catarina estima em R$ 45 milhões o montante sonegado apenas em tributos estaduais. Além da perda de arrecadação, o esquema teria criado concorrência desleal ao ocultar receitas e mascarar patrimônios.
O nome da operação que envolve o dono da Cellshop faz referência ao mito grego da Caixa de Pandora: ao ser aberta, libertou os males do mundo, restando apenas a esperança. O Ministério Público associou a metáfora ao “mercado virtual” aparentemente legítimo, mas que escondia um elaborado esquema de crimes tributários e financeiros.
Apesar da sofisticação das manobras, a investigação concluiu que os envolvidos deixaram rastros digitais e contábeis que permitiram a ação da inteligência policial.
As ordens judiciais foram cumpridas em várias cidades de Santa Catarina (Joinville, Mafra, São João Batista e Campo Erê), no Paraná (Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Apucarana, Marmeleiro e São Jorge do Oeste), além de Limeira e São Paulo (SP) e Maceió (AL).
O caso segue sob sigilo judicial. Os investigados podem responder por organização criminosa, sonegação fiscal, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Evento gratuito marca o encerramento das atividades de 2025 e reúne cerca de 105 crianças…
O religioso, que atuava em Umuarama, assumiu oficialmente a missão de bispo diocesano
Chamado impulsionado por vídeos divide a categoria, que teme uso político do movimento
Cidade recebe atrações culturais, espetáculo teatral e passeio do Bom Velhinho pelo comércio
O projeto atendeu mais de 6.500 alunos e garantiu a entrega dos óculos para os…
PM apreendeu facas, machadinha, socos-ingleses e máscaras após denúncia
Este site utiliza cookies
Saiba mais