O empresário Jorbel Griebeler, dono da Cellshop, uma das empresas que mais crescem no Paraguai
Homenageado há pouco mais de uma semana pela Câmara de Vereadores de Foz do Iguaçu com título de cidadão honorário por construir um império comercial na tríplice fronteira, Jorbel Griebeler, fundador e dono da Cellshop, no Paraguai, está no alvo da justiça.
A Vara Estadual de Organizações Criminosas da Comarca da Capital de Santa Catarina expediu, no dia 11 de setembro, mandado de prisão preventiva contra o empresário. Ele é investigado na operação Mercado de Pandora. A ordem, contudo, não foi cumprida, já que o empresário não foi localizado.
A ofensiva foi deflagrada na última terça-feira (16) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), em apoio à 6ª Promotoria de Justiça da Comarca de Chapecó – Promotoria Regional da Ordem Tributária.
Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de prisão preventiva, 44 de busca e apreensão em residências, escritórios contábeis e sedes de empresas fictícias, além de 69 ordens de bloqueio de bens e valores, que somam R$ 227,6 milhões.
Durante as diligências, uma pessoa foi presa em flagrante por porte de munições de calibre restrito. Um simulacro de arma de fogo também foi apreendido.
De acordo com as investigações, a organização criminosa que incluiria o dono da Cellshop, se especializou em fraude fiscal e sonegação tributária no setor de e-commerce, sobretudo na venda de smartphones por marketplaces.
O grupo utilizava empresas de fachada em nome de laranjas, conhecidas como “noteiras”, para emitir notas fiscais eletrônicas fictícias.
Após atingir grandes volumes de vendas, essas empresas eram rapidamente encerradas, dando lugar a novas, em um ciclo que dificultava o rastreamento e mantinha a evasão fiscal. O esquema teria gerado prejuízos estimados em R$ 45 milhões apenas em tributos estaduais, segundo o fisco de Santa Catarina.
Além de lesar os cofres públicos, a fraude criava concorrência desleal no setor varejista, mascarando receitas e ocultando patrimônio.
O nome da operação remete ao mito grego da Caixa de Pandora, que ao ser aberta libertou todos os males do mundo, restando apenas a esperança. No caso, o “Mercado de Pandora” faz alusão a um ambiente digital aparentemente legítimo, mas que escondia um elaborado esquema de sonegação, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Segundo o Ministério Público, a investigação revelou que, apesar da sofisticação das manobras, os criminosos deixaram rastros digitais e contábeis que possibilitaram a atuação da inteligência policial.
Os mandados foram cumpridos em cidades de Santa Catarina (Joinville, Mafra, São João Batista e Campo Erê), Paraná (Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Apucarana, Marmeleiro e São Jorge do Oeste), além de Maceió (AL), Limeira e São Paulo (SP).
As investigações seguem em sigilo. Os envolvidos podem responder por organização criminosa, sonegação fiscal, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
O Gaeco é coordenado pelo Ministério Público de Santa Catarina e reúne policiais civis, militares e penais, além da Receita Estadual e Corpo de Bombeiros Militar.
A reportagem da Rádio Cultura Foz, primeira a divulgar a notícia, tentou contato com o empresário Jorbel Griebeler, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.
“Nos últimos dias, meu nome foi citado em investigações que ganharam grande repercussão. Quero ser claro: todas as acusações são infundadas e serão integralmente rebatidas pela Justiça.
Tenho ao meu lado uma equipe jurídica de alto nível, que já está atuando de forma incisiva para esclarecer os fatos e restabelecer a verdade.
Nada abalará meu compromisso com a transparência e com todos que confiam em mim. Esse momento, embora difícil, será superado. E, quando a verdade prevalecer, sairemos ainda mais fortes e resilientes.
Agradeço profundamente o apoio que tenho recebido.
Seguimos firmes, juntos.
Jorbel Griebeler
Cellshop Importados Paraguay
Cellshop Duty Free“
(Com Rádio Cultura Foz)
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