Bancada paranaense dá maioria de votos para urgência da anistia na Câmara

A bancada federal do Paraná teve papel decisivo na aprovação do regime de urgência para o Projeto de Lei 2162/23, que trata da anistia a manifestantes políticos. A votação ocorreu na noite de quarta-feira (17) e terminou com 311 votos favoráveis, 163 contrários e sete abstenções.

Entre os 30 deputados paranaenses, 23 votaram a favor, seis contra e um não participou. Esse apoio consolidou a ampla maioria que viabilizou a aceleração da análise do projeto. Ainda mais, a votação demonstra a divisão entre governistas e opositores, especialmente no campo da esquerda.

A proposta concede anistia a envolvidos em manifestações de motivação política ocorridas a partir de 30 de outubro de 2022, até a data de eventual promulgação da lei. Em outras palavras, crimes relacionados a protestos nesse período poderão ser perdoados.

Veja como votaram os deputados da bancada paranaense:

• Contra: Aliel Machado (PV), Carol Dartora (PT), Lenir de Assis (PT), Tadeu Veneri (PT), Welter (PT) e Zeca Dirceu (PT).
  
• A favor: Beto Richa (PSDB), Delegado Matheus Laiola (União), Diego Garcia (Republicanos), Dilceu Sperafico (PP), Felipe Francischini (União), Filipe Barros (PL), Geraldo Mendes (União), Giacobo (PL), Luciano Alves (PSD), Luisa Canziani (PSD), Luiz Carlos Hauly (Podemos), Luiz Nishimori (PSD), Padovani (União), Paulo Litro (PSD), Pedro Lupion (PP), Reinhold Stephanes (PSD), Ricardo Barros (PP), Rodrigo Estacho (PSD), Sargento Fahur (PSD), Sergio Souza (MDB), Tião Medeiros (PP), Toninho Wandscheer (PP) e Vermelho (PP).
  
• Não votou: Luciano Ducci (PSB).

O texto agora segue para o Senado, onde o cenário é incerto. Sinais iniciais indicam resistência à proposta. Contudo, a pressão da opinião pública poderá pesar na decisão.

Os três senadores paranaenses, Flavio Arns (PSB), Oriovisto Guimarães (Podemos) e Sergio Moro (União Brasil), ainda não definiram posições claras. Ainda assim, suas escolhas devem impactar diretamente o avanço da medida.

Apesar disso, analistas políticos avaliam que a anistia enfrenta obstáculos maiores no Senado do que na Câmara. Bem como, o debate deve se intensificar diante da forte polarização nacional.

(OBemdito com informações Bem Paraná)

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